Hacker que exigia bitcoins de empresas é condenado a 20 anos de prisão

O homem de 35 anos se declarou culpado em julho de acusações de fraude de computador e fraude eletrônica, entre outras.

Com os crimes envolvendo criptomoedas aumentando cada vez mais e sendo um grande problema ao redor do mundo, as autoridades estão se movimentando para continuar enfrentando os criminosos do setor. Nos EUA, um hacker foi condenado a 20 anos de prisão por roubo de criptomoedas e por ter envolvimento com um conhecido grupo de hackers russo. 

Um homem de 35 anos, do Canadá, foi preso acusado de estar envolvido com o NetWalker, um grupo de hackers com sede na Rússia. O grupo, incluindo o cidadão canadense, foi acusado de ter usado ataques de ransomware contra sistemas ligados a infraestrutura de empresas.

O grupo utilizou um modelo de ransomware como serviço e roubava dados de empresas e bloqueava o acesso aos sistemas e arquivos importantes. Por fim o ataque pedia um resgate em Bitcoin para que o acesso aos sistemas fosse restaurado.

Canadense foi extraditado para os EUA para ser condenado

O hacker, Sebastian Vachon-Desjardins, realizou ataques em uma empresa de Tampa Bay, Flórida, em abril de 2020. Ele conseguiu acessar a rede de computadores da empresa e espalhar um ransomware que bloqueou o sistema e se propagou pela rede.

No dia seguinte, os funcionários, quando conectaram seus computadores, encontraram uma mensagem explicando que todos os arquivos estavam criptografados e se eles tentassem reiniciar o computador, os arquivos seriam perdidos.

Para liberar o acesso novamente ao sistema, o atacante exigia um pagamento de US$ 300.000 em bitcoin. A mensagem tinha um tom irônico em sua ameaça.

“Oi! Seus arquivos foram criptografados pelo NetWalker. Se por algum motivo você ler este texto antes do término da criptografia, isso pode acontecer pelo fato de que o computador ficou mais lento e sua frequência cardíaca aumentou…”, dizia a mensagem.

Como mostrado pelos documentos do Departamento de Justiça dos EUA, o promotor do caso destacou a situação onde as pessoas se encontravam durante o ataque.

“Nesse caso Vachon-Desjardins usou meios tecnológicos sofisticados para explorar centenas de vítimas em vários países no auge de uma crise sanitária internacional.”

O grupo NetWalker operou em 30 países e teve como alvo mais de 400 vítimas, extorquindo cerca de US $ 40 milhões em pagamentos de resgate em bitcoin. Acredita-se que Vachon-Desjardins contribuiu com pelo menos 1/3 desses ataques.

“Se pudesse, teria lhe dado prisão perpétua”

As autoridades americanas solicitaram a prisão de Vachon-Desjardins. A polícia canadense o prendeu em Quebec em 27 de janeiro de 2021. Depois de vasculhar sua casa, a polícia apreendeu mais de US$ 740.000 em dólares canadenses e 719 bitcoins, no valor de quase US$ 22 milhões na época. 

O homem de 35 anos se declarou culpado em julho de acusações de fraude de computador e fraude eletrônica, entre outras. Com isso ele não foi a um julgamento diante de um jure, se declarando culpado para conseguir a melhor condenação possível. No entanto, o juiz do caso disse que, por ele, a sentença seria maior.

“Se você tivesse ido a julgamento, eu teria lhe dado perpétua.”, declarou o juiz  William Jung

Durante o julgamento, o criminoso também foi comparado com Jesse James. Agora ele cumprirá 20 anos de prisão e em breve um novo julgamento decidirá quanto ele deverá pagar a cada vítima de seus golpes.

Apesar de se declarar culpado, o hacker não falou sobre quem o ajudou e não deu nenhuma informação sobre o grupo hacker NetWalker.

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Matheus Henrique
Matheus Henrique
Fã do Bitcoin e defensor de um futuro descentralizado. Cursou Ciência da Computação, formado em Técnico de Computação e nunca deixou de acompanhar as novas tecnologias disponíveis no mercado. Interessado no Bitcoin, na blockchain e nos avanços da descentralização e seus casos de uso.

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