Os grandes bancos do mundo se movimentam cada vez mais para a realidade das novas tecnologias. Em um novo anúncio, o HSBC afirmou que irá realizar uma transferência de R$ 80 bilhões de ativos para uma blockchain.
Alguns bancos do mundo já tem provado a nova economia do dinheiro digital. No Brasil, por exemplo, o Bradesco já anunciou que vai fechar 400 agências para redução de custos.
Dentre os principais problemas estão certamente a concorrência com fintechs e criptomoedas, que trazem facilidades na hora de gastar dinheiro de forma totalmente digital. Logo, se atentar para as novas tecnologias, que são digitais, poderá ser a única alternativa para os bancos tradicionais tentarem uma sobrevida.
HSBC vai depositar alta quantia em blockchain nos próximos meses
O banco HSBC, com sede em Londres, tem se mostrado interessado na tecnologia blockchain. De acordo com a Reuters, o HSBC tem passado por um momento de reestruturação, com foco na redução de custos.
O CEO Noel Quinn, que é interino, quer reformular o HSBC para tentar ter mais eficiência nos negócios. Além das fintechs que estão nascendo, as criptomoedas são um grande desafio para os grandes bancos. A tecnologia blockchain, utilizada em criptomoedas, será um dos testes que o grande banco irá realizar para modernizar suas operações.
Para isso, até março de 2020, o HSBC irá depositar U$ 20 bilhões na Digital Vault (DV). A Digital Vault é uma empresa que possui uma tecnologia baseada em blockchain, dando ao HSBC a chance de testar um novo produto.
O novo produto desenvolvido pelo HSBC é um acesso em tempo real para ativos comprados em mercados privados, processo chamado de Colocação Privada. Com isso, o HSBC digitalizará os registros de colocações privadas, diminuindo o acesso aos mesmos por investidores interessados.
No padrão atual, os títulos ofertados estão em papéis e não possuem um padrão definido. Ou seja, um investidor interessado nestes produtos tem imensa dificuldade de acessar e comprar um título.
Ainda não está claro quanto o HSBC irá economizar com novo produto
A Reuters informou que a tecnologia blockchain não tinha um caso “sólido de uso revolucionário”, mesmo com a existência do Bitcoin. Entretanto, está claro que o HSBC não sabe o quanto irá economizar com a nova solução proposta.
Cabe o destaque que colocações privadas são realizadas apenas para investidores institucionais. Logo, o impacto dos custos para o HSBC com a nova solução são fundamentais para o banco, que possui U$ 50 bilhões em ativos.
Com o mercado de emissões privadas tem crescido nos últimos anos. Além disso, é esperado um crescimento de 60% até 2022, em relação aos cinco anos anteriores. Com isso, reduzir custos com a blockchain poderá ser fundamental para que o HSBC potencialize seus lucros e de seus clientes.
De acordo com a Reuteurs, a líder de inovação de custódia do HSBC, Ciaran Roddy, vê potencial no mercado em que o produto está sendo lançado. Ciaran afirmou que seguradoras do mundo todo vem buscando o investimento através deste banco.
Com alguns dos rendimentos oferecidos, estamos definitivamente vendo um aumento na demanda.