Nos últimos meses, pipocou na mídia o nome de diversos gestores e firmas de investimento institucionais que embarcaram no Bitcoin. Mas afinal, quem são essas pessoas e gestoras de fortunas, e qual o motivo apontado por elas para ter entrado no Bitcoin, mesmo após a alta de 70% nos 8 primeiros meses de 2020, levando a criptomoeda para a marca dos 12 mil dólares.
Michael Saylor, CEO da MicroStrategy
Seria injusto começarmos a lista por outro nome. Esse fera de 56 anos é CEO e fundador de uma empresa de tecnologia listada na bolsa de valores norte-americana Nasdaq.
Saylor graduou-se aos 23 anos pelo renomado MIT em Aeronáutica, Astronáutica, além Ciência & Tecnologia. Acredite se quiser, no ano seguinte fundou a MicroStrategy, sua empresa de modelagem e inteligência corporativa.
Resumindo, nos últimos 3 meses de 2020, sua empresa MicroStrategy comprou 70.470 Bitcoins, que hoje tem valor de mercado de 2,44 bilhões de dólares. A empresa inteira valia 1,55 bilhões até outubro de 2020.
A razão de sua decisão? “Quando percebemos que perdíamos 10% ao ano do caixa parado, entendemos que o lucro não era tão importante.”
Stanley Druckenmiller, ex-Duquesne Capital
Foi fundador e presidente da Duquesne Capital, gestora que chegou a administrar 12 bilhões de dólares. Após mais de 2 décadas sem um único ano negativo, e obtendo um retorno médio de 30% ao ano, Stanley optou por encerrar a empresa em 2010.
Atualmente com 67 anos e dono de uma fortuna de 4,4 bilhões de dólares, Stanley afirmou em Novembro de 2020 ter comprado Bitcoin, embora numa proporção bem menor que em ouro.
No entanto, acrescentou: “Honestamente, se a aposta do ouro der certo, o bitcoin vai performar melhor, pois possui menos ativo circulando, além de ter um beta maior.”
Em resumo, o gestor percebeu que a escassez da criptomoeda e o potencial de adoção tornam o ativo melhor que o ouro.
Paul Tudor Jones II, Tudor Investment
O bilionário norte-americano de 67 anos abriu seu fundo de investimento multimercados em 1980, Tudor Investment. Com um patrimônio pessoal de quase 6 bilhões de dólares, ganhou reconhecimento após prever o crash de 1987, ano em que seus cotistas rentabilizaram 126% de ganho.
Em 1990, apostou no crash das bolsas japonesas, e novamente obteve ganho líquido de 87% para seus clientes.
Em maio de 2020, tornou-se um dos pioneiros na indústria tradicional a anunciar publicamente uma aquisição relevante de Bitcoins, alocando cerca de 2% de seu fundo Tudor BVI.
Após mencionar a grande quantidade de dinheiro novo colocado em circulação pelos governos, Paul Tudor explicou que não é um fanático por criptos, mas elogiou as características de escassez e descentralização do Bitcoin.