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Interpol mira Bitcoin contra lavagem de dinheiro

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A Interpol e a Europol investigam crimes que acontecem pelo mundo, mirando até o Bitcoin contra lavagem de dinheiro. Uma reunião recente definiu novas diretrizes para combater os crimes envolvidos com criptomoedas.

Há um movimento global que pressiona o mercado de criptomoedas acontecendo. Na última reunião do G20, por exemplo, os líderes deixaram claro que buscam estabelecer padrões internacionais ao mercado. Um dos motivos é a provável chegada da Libra, que assusta governos.

No entanto, as outras criptomoedas como o Bitcoin, por exemplo, tem sido associadas a crimes. Alguns destes seriam considerados um problema grande hoje, como os ransomwares e a sextorsão.

Dessa forma, 132 países se reuniram para discutir quais ações serão tomadas no setor.

Bitcoin foi usado em crime? Interpol mira setor de criptomoedas em reunião anual

A 4.ª Conferência Global sobre Finanças Criminais e Criptomoedas aconteceu entre os dias 18 e 19 de novembro. Desde 2016, essa reunião, organizada pela Interpol, Europol e o Instituto de Governança de Basileia, se dedica ao debate de crimes que envolvem finanças digitais.

De acordo a Interpol, o evento de 2020, que aconteceu digitalmente por conta da COVID-19, foi um sucesso. Com cerca de 2 mil participantes de 132 países, também participaram da conferência membros do setor privado, financeiro e judiciário dos países.

O grupo tem como objetivo principal fortalecer o conhecimento sobre criptomoedas nas finanças. Além disso, os países puderam melhorar sua expertise e técnicas de investigação sobre crimes com uso de criptomoedas.

Um dos crimes que a Interpol vê o uso do Bitcoin em crescimento é a lavagem de dinheiro. Dessa forma, a diretora de crime organizado da Interpol, Ilana de Wild, declarou ser importante uma abordagem multi-agência.

“Uma abordagem multi-agência e multidisciplinar envolvendo os setores público e privado é a chave para lidar com as finanças do crime e o uso indevido de criptomoedas. Ao combinar a experiência e os dados sobre crimes financeiros mantidos pelo setor privado com as capacidades investigativas da aplicação da lei, podemos aprimorar nossas capacidades coletivas e intensificar os esforços contra as finanças criminais.”, afirmou Ilana

Criminosos lavam dinheiro com Bitcoin após cometer delitos, apontou relatório da reunião

As criptomoedas seriam utilizadas pelos criminosos após o delito ser efetivamente praticado. Ou seja, com a necessidade de realizar a famosa lavagem de dinheiro, bandidos estariam buscando o Bitcoin, apontou o relatório da Interpol.

“A agenda da conferência incluiu tendências e investigações sobre crimes de criptomoedas, exploração de fluxos e operações criminosas em mercados escuros, estudos de caso de ransomware e sextorção, lavagem de dinheiro envolvendo ativos virtuais e a transferência de receitas de drogas usando criptomoedas.”, afirmou a Interpol

O evento então espera que grupos de trabalho nasçam para o combate aos crimes. Além disso, os participantes endossaram que iniciativas de capacitação devem ser ampliadas para seguir o dinheiro.

No segundo semestre de 2021, o Instituto de Governança de Basileia sediará a 5.ª reunião do grupo.

No Brasil, Febraban pede que bancos intensifiquem ações contra lavagem de dinheiro

Apesar do relacionamento do Bitcoin com a lavagem de dinheiro, os bancos ainda são os principais investigados em crimes do tipo. Ou seja, os criminosos ainda usam o sistema financeiro tradicional para ocultar seus crimes, usando principalmente o Real brasileiro e dólar.

Dessa forma, de acordo com a Folha de São Paulo, a Febraban fez a sugestão para que bancos intensifiquem ações contra lavagem de dinheiro. O foco dos bancos, entre outros, deveriam se voltar para fintechs, corretoras de Bitcoin e até contra o PIX, novo meio de pagamento do Banco Central do Brasil.

A Febraban fez a recomendação ao participar dos debates que acontecem na Câmara dos Deputados. No Brasil hoje há uma comissão debatendo a revisão da lei de lavagem de dinheiro, solicitada por Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Vale o destaque que os bancos têm encerrado contas de corretoras nos últimos anos. Há até um debate no Cade sobre o assunto, a pedido das corretoras de Bitcoin que afirmam estar sob perseguição concorrencial.

Entra as ações que já acontecem no Brasil, o Bitcoin já é analisado pelas autoridades. Recentemente, a polícia civil participou de uma capacitação, que abordou também as criptomoedas.

Em setembro, o MPF também destacou um evento da Interpol que falou sobre o Bitcoin, conforme noticiado pelo Livecoins. Por fim, com as novas recomendações da Interpol, o Bitcoin pode ser mais investigado no mundo, inclusive Brasil.

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Autor:
Gustavo Bertolucci