Itaú estuda vender criptomoedas

Bancos não eram concorrentes das corretoras de criptomoedas, mas agora parecem ter essa intenção.

O banco Itaú pode começar a vender criptomoedas diretamente em breve, um movimento que poderia ser “plug and play” segundo novo executivo.

Na América Latina, o maior banco é justamente o Itaú, que tem bilhões sob sua administração de seus clientes. Além disso, o banco detém uma ampla variedade de produtos oferecidos para investidores.

Com relação ao mercado de criptomoedas, o Itaú já disponibiliza ETFs para que seus clientes façam a aquisição e comecem a se expor ao mercado, ainda que de forma totalmente indireta.

Adoção do Itaú a produtos de Bitcoin e moedas digitais cresce

Na última semana, no dia 11 de abril, o Itaú anunciou em parceria com uma empresa de criptomoedas o lançamento do fundo Hashdex Crypto Selection FIC FIM.

Com exclusividade na oferta pelos primeiros três meses, o Itaú então lançou mais um produto ligado ao Bitcoin, Ethereum e demais criptomoedas, via ETFs que acompanham essas moedas.

Claudio Sanches, diretor de produtos de investimento e previdência do Itaú Unibanco, destacou o anúncio informando que o banco acompanha as tendências de mercado.

Esse anúncio demonstra que estamos atentos às principais tendências do mercado e em promover a sofisticação da carteira de investimentos dos nossos clientes. Já oferecíamos em nossa prateleira produtos que acessam as áreas de criptoativos e blockchain, e a possibilidade dessa parceria para disponibilizar o fundo Hashdex Crypto Selection vem complementar a oferta no momento. Aos clientes que desejam essa alocação, queremos propiciar um produto que consideramos ter uma configuração mais segura em relação a alternativas mais populares, apesar da altíssima volatilidade do ativo final“.

Evoluindo, Itaú já estuda vender criptomoedas diretamente para clientes

E uma tendência desse mercado em todo o mundo tem sido justamente a entrada de bancos na venda de criptomoedas. No Brasil, o primeiro a anunciar essa intenção foi o BTG Pactual, com sua plataforma chamada Mynt.

Agora, em entrevista para a Forbes Brasil, publicada nesta segunda-feira (18), Fernando Beyruti, chefe global do seu private banking, falou sobre possíveis novidades que chegariam ao banco, interessado em ampliar suas soluções digitais.

Segundo ele, o Itaú Private Bank já tem mais de R$ 700 bilhões sob gestão, mas quer expandir o relacionamento com clientes e seus filhos, esses últimos interessados no digital.

Assim, Fernando disse que a procura pela compra e venda direta de criptomoedas tem despertado interesse em clientes, realidade essa que já está em fase de estudos no banco para o lançamento de uma possível opção de negociações.

Informando que os players do mercado já estão preparados para atender os clientes em um eventual serviço desse, ainda em fase de pesquisas de mercado, o executivo informou que poderia lançar facilmente uma solução assim, sendo “plug and play”.

Ou seja, o Itaú sinaliza que já estuda criar uma opção de compra e venda de criptomoedas diretamente para clientes, ainda que não esteja claro se uma nova plataforma seria criada ou apenas integrada a opção aos serviços já existentes.

Mudança repentina de postura?

O Itaú é parte de uma disputa contra corretoras de criptomoedas no Cade, onde o banco não deixava claro o seu interesse em disputar posições neste mercado. Em agosto de 2021, por exemplo, o banco foi citado no processo após veicular publicidades de investimentos em seus ETFs.

Em resposta, o Itaú apenas informou que não negociava criptomoedas diretamente, apenas fundos e ETFs listados pela B3. Menos de um ano depois, o banco já reconsiderou essa opção e estuda vender criptomoedas para seus clientes.

Itaú afirmou ao Cade que não intermedia criptomoedas diretamente
Itaú afirmou ao Cade que não intermedia criptomoedas diretamente. Cade.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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