O julgamento do homem que diz ser criador do Bitcoin

O julgamento deve durar três semanas.

Quem acompanha o mercado de criptomoedas com certeza conhece o nome de Craig S. Wright, conhecido por muitos como “Faketoshi”. Ele diz ser o criador do Bitcoin, Satoshi Nakamoto, e vem tentando provar isso nos últimos anos, incluindo com uma batalha judicial. O julgamento que teve início esta semana em uma corte de Miami, pode garantir à Wright a validação que ele tanto procura, ou novamente o expor como uma fraude.

A batalha legal é um pouco complicada de ser entendida e na verdade ela não está tentando provar ou desmentir que Craig é Satoshi Nakamoto, na verdade, ambos os lados argumentam que Craig é o criador do Bitcoin. A partir do mundo que Craig Wright passou a afirmar que era Satoshi, a família de Dave Kleiman, que já faleceu, passou a afirmar que Dave ajudou a criar a criptomoeda e por isso tem direito a metade dos bitcoins minerados por Satoshi.

As famosas moedas de Satoshi são os bitcoins que o criador coletou durante os primeiros anos da moeda digital, estimativas apontam que os endereços de Satoshi podem conter entre 800 mil e 1,1 milhão de moedas, uma verdadeira fortuna. Desde que Satoshi desapareceu do criptomercado, esses endereços estão dormentes.

Fake Toshi

Dependendo de como o caso avançará na justiça, Craig Wright será obrigado a acessar essas carteiras, principalmente se o juiz determinar que a família de Kleiman tem direito a metade dos bitcoins guardados. Apenas Satoshi tem acesso a essas moedas, e Wright terá apenas duas opções: Acessa os bitcoins e provar de uma vez por todas que é Satoshi, ou prova que não tem acesso a essas carteiras e revela ser uma fraude.

Para Craig wright provar que é Satoshi seria bem fácil, basta ele mover um quantia pequena dos endereços que sabemos ser do criador do Bitcoin, assinar uma transação utilizando a chave pública de Nakamoto e muitas outras maneiras.

Mas ele sempre escolheu as maneiras mais complicadas para provar isso, como ter falsificado documentos em batalhas judiciais e plagiando a sua tese de doutorado, o que torna bem difícil acreditar em qualquer coisa que ele afirme.

R$ 381 bilhões em Bitcoin

O site Sydney Morning Herald apontou que uma das declarações da família de Kleiman que “prova” que ambos trabalharam juntos no bitcoin é que em 2009, Dave disse para sua esposa que estava trabalhando em algo “maior que o Bitcoin” e mostrou para ela um logo com um B e dois riscos, o agora famoso logo do Bitcoin. 

No entanto, para quem não tem memória curta o primeiro logo do Bitcoin escolhido por Satoshi era um BC em uma simples moeda dourada. O ฿ que conhecemos hoje apareceu só em 2010 e foi escolhido pela comunidade nos fóruns de desenvolvimento da moeda e com a sua versão final apenas em 2011.

Ou seja, até mesmo o caso para o lado de Kleiman possui diferentes buracos que contradizem a história do Bitcoin que está pública na internet.

O julgamento deve durar três semanas.

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Matheus Henrique
Matheus Henrique
Fã do Bitcoin e defensor de um futuro descentralizado. Cursou Ciência da Computação, formado em Técnico de Computação e nunca deixou de acompanhar as novas tecnologias disponíveis no mercado. Interessado no Bitcoin, na blockchain e nos avanços da descentralização e seus casos de uso.

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