Justiça Federal vê indícios de pirâmide financeira do Sheik dos Bitcoins

Operação Poyais deflagrada nos últimos dias contra possível fraude financeira que tem deixado clientes revoltados.

A 23.ª Vara Federal de Curitiba determinou o cumprimento de mandados contra o “Sheik dos bitcoins” nos últimos dias, após a justiça entender que há indícios de pirâmide financeira nos negócios da Rental Coins e outras empresas do grupo.

O negócio vinha sendo alvo de reclamações de vários clientes na justiça nos últimos meses, quando a possível fraude começou a atrasar saques aos investidores.

Para captar pessoas, o negócio das empresas do Grupo InterAg diziam que trabalhavam com locação de criptomoedas, prometendo lucros garantidos aos investidores em um mercado de forte volatilidade.

Pessoas famosas confiaram nas promessas, que ofertava os lucros até em templos religiosos.

Justiça federal de Curitiba acredita que Sheik dos bitcoins criou pirâmide financeira

A 23.ª Vara Federal de Curitiba (PR) expediu mandados de busca e apreensão para cumprimento em quatro Estados: Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina. Por meio da Operação Poyais, cerca de 100 policiais federais junto com servidores da Receita Federal cumpriram os mandados.

Os crimes em questão são contra o sistema financeiro. Entre eles, oferta pública de valores mobiliários sem registro prévio de emissão na CVM estelionato, contra a economia popular (pirâmide financeira) e de organização criminosa, além da possível dissipação de patrimônio e valores por meio de transferências a parentes e a interpostas pessoas, o que poderia caracterizar lavagem de capitais.

As investigações, em cooperação jurídica internacional por parte da Homeland Security Investigations – HSI dos Estados Unidos, tiveram início a partir da suspeita do envolvimento de um brasileiro em conspiração milionária de lavagem de capitais advindos de esquema de pirâmide de investimentos em criptomoedas, com movimentação nos bancos oficiais de cerca de 4 bilhões de reais.

Segundo a decisão judicial, divulgada pela COMSOC/JFPR, os elementos sugerem a operação de um esquema, em tese, ilícito, envolvendo terceiros de boa-fé, mediante processo de captação de investimentos de forma irregular, por meio de empresas formalmente constituídas que ofereciam o serviço de aluguel de criptomoedas.

Com o pagamento mensal de rendimentos em valores atrativos, que seriam obtidos a partir da aplicação dos valores no mercado, tal como consta da oferta pública direcionada aos “investidores”.

Clientes não param de reclamar de golpe

No Reclame Aqui os clientes não param de publicar suas experiências com a Rental Coins e Grupo InterAg, com ambas as empresas já sendo indicadas como ruim e não recomendada.

Um dos clientes de Montenegro (RS), que registrou reclamações contra a Rental Coins, empresa do Sheik dos bitcoins, disse que não há suporte aos investidores, que não conseguem sacar seus valores e muito menos ter respostas sobre os problemas.

Com a operação indicando que tudo pode não passar de uma pirâmide financeira, os bens apreendidos pela PF devem ser leiloados e ficarem a disposição da justiça em breve.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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