O ministro do STJ Humberto Martins manteve preso o líder de uma quadrilha que é investigada por aplicar golpes em leilões pela internet. No último mês de novembro o homem foi preso na operação policial Cyber Lance.
O caso foi parar no Superior Tribunal de Justiça (STJ). A justiça de Minas Gerais, que foi o estado que deflagrou a operação, também participou do processo.
Na época das prisões da Operação Cyber Lance, como noticiado pelo Livecoins, até criptomoedas foram apreendidas dos hackers.
A polícia civil de Minas Gerais contou com apoio da Polícia Federal e de vários outros estados para cumprir os mandados.
O golpe virtual pode ter causado prejuízos de R$ 50 milhões em vítimas pelo Brasil, segundo as investigações.
Decisão da justiça mantém preso um hacker e possível líder de quadrilha que aplicava golpes com leilões pela internet
Em novembro de 2020, 27 mandados foram cumpridos pela Operação Cyber Lance no Brasil. Destes, 10 mandados de prisão preventiva foram cumpridos em Minas Gerais.
Um dos presos foi Igor Mykhail Liberato, por suspeitas de cometer crimes de estelionato, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Vários carros de luxo foram apreendidos, dinheiro em espécie, entre outros itens. Na época, o caso que foi deflagrado na cidade de Unaí, interior de Minas Gerais, chamou atenção nacional.
Os presos são suspeitos de criar pelo menos 1000 sites falsos de leilões online. Após o leilão encerrar, os vencedores não recebiam o carro comprado, causando prejuízos grandes a várias vítimas.
De acordo com o jornalista do STJ, Thiago Gomide, a defesa ingressou com pedido de habeas corpus no início de janeiro de 2021. No tribunal foi alegado pela defesa que não “teriam sido cumpridos os requisitos necessários para decretação da prisão preventiva“.
Além disso, a defesa apontou que há um excesso de prazo na custódia cautelar do suspeito. Julgado pelo Ministro Humberto Martins, o pedido de habeas corpus foi negado.
Segundo o ministro do STJ, não foi constatado ilegalidades que justifiquem a concessão da liberdade agora. O ministro ainda analisou a visão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, que justificou a prisão do suspeito com fatos colhidos nas investigações.
O TJMG acredita que a liberdade do suspeito poderia atrapalhar as investigações, visão que foi compartilhada pelo ministro do STJ.
Crimes com criptomoedas seguem sendo descobertos em investigações no Brasil
A tecnologia do Bitcoin abriu as portas para transferências globais com moedas digitais. Essa tecnologia ajuda muitas pessoas a transferir recursos entre países e até sobreviver à crises na economia.
No entanto, como é uma tecnologia aberta, qualquer pessoa pode utilizar para transferir recursos, inclusive criminosos. Nesse ponto, vários crimes no Brasil, e mundo, estão sendo relacionados com criptomoedas.
Nos últimos dias, por exemplo, a Receita Federal descobriu uma grande operação de lavagem de dinheiro com criptomoedas no Brasil.
Além disso, crimes de pirâmides financeiras têm lesado inúmeras pessoas. Com isso, várias operações policiais foram deflagradas nos últimos anos no país.