A Braiscompany entrou novamente na mira da Polícia Federal, que deflagrou nesta quinta-feira (18) a Operação Select II, no Estado de São Paulo. A mais nova operação pode ter relação com os antigos Gerentes Selects da Braiscompany, apontados como funcionários de alta hierarquia dentro da empresa.
Desde que a Operação Halving começou os trabalhos contra a Braiscompany, os antigos apoiadores sumiram e removeram seus apoios públicos para a empresa, que tinha sede em Campina Grande (PB).
A nova operação então é uma que pode esclarecer melhor como a Braiscompany lavava o dinheiro em suas operações.
Braiscompany recebe nova operação da PF, que apura crimes de lavagem de dinheiro
Com atuação por quatro anos no mercado de criptomoedas, com promessas de grandes lucros, a Braiscompany expandiu seus negócios para vários estados.
E toda a estrutura da empresa passava pelo casal de líderes do possível esquema fraudulento, Antônio Neto e Fabrícia Campos Ais. Apesar de ainda estarem foragidos, o casal segue investigado no Brasil.
A nova Operação SELECT II, visa combater a lavagem de dinheiro decorrente dos crimes contra o sistema financeiro e contra o mercado de capitais. Na teoria dos investigadores, os crimes eram cometidos por sócios e colaboradores de empresa especializada em criptoativos.
A nova operação é um desdobramento da Operação Halving, deflagrada pela PF no início do ano. Já em abril de 2023, a PF mirou os principais gerentes da Braiscompany, quando deflagrou a Operação Select. Ou seja, a nova operação desta quinta é a terceira fase da Halving.
Nova operação deu busca e apreensão em casa de gerente de São Paulo. Esquema movimentou mais de 2 bilhões de reais em quatro anos, apura PF
Em nota, a Polícia Federal do Brasil informou que os agentes cumpriram um mandado de busca e apreensão, no município de São Paulo (SP).
As suspeitas envolvem o fato de que nos últimos 4 anos, foram movimentados valores equivalentes a aproximadamente 2 bilhões de reais em criptoativos, em contas vinculadas aos suspeitos. Ou seja, a PF já reconhece que o rombo inicial previsto de R$ 1 bilhão de reais não condiz com a realidade e já investiga o dobro de prejuízos a investidores brasileiros.
Os investigados responderão pelos crimes previstos nos arts. 7º e 16 da Lei do Colarinho Branco, art. 1º da Lei da Lavagem de Dinheiro e art. 27-E da Lei de Fraudes no Mercado de Capitais.
Por fim, o nome da operação é uma alusão à denominação do grupo de gerentes que mais captavam recursos para a empresa, entre as vítimas do esquema investigado.