Layer 2: especialista Márcio Menegatti explica como funciona a alternativa que desafoga as redes blockchain

Adoção da “segunda camada” deve acelerar o fluxo de transações e reduzir taxas.

Atualmente, com o aumento das transações envolvendo criptomoedas, as redes de blockchain têm enfrentado um problema de dimensionamento, o qual provoca lentidão no mercado. Isso ocorre porque as redes primárias não foram construídas com a capacidade de processar milhares de transações por segundo.

Desse modo, o ecossistema pode não dar conta de registrar, em tempo adequado, o volume de negociações efetuado com criptoativos.

Para corrigir este problema, as redes de blockchain têm adotado, como alternativa para desafogar o tráfego no mercado, as soluções de layer 2 (segunda camada, em tradução livre).

“O blockchain é similar a uma estrada. Sendo assim, comporta um número limitado de transações simultâneas. Quando o volume cresce demais, aproximando-se do limite, nota-se mais lentidão no sistema. Além disso, para concluir a movimentação, a taxa também fica mais cara”, explica Márcio Menegatti, especialista em propriedade intelectual e CEO da Província.

Nesse sentido, a layer 2 tem sido utilizada como um “caminho alternativo para escapar do congestionamento”, diz o especialista. A opção também trabalha com taxas de transação menores do que as praticadas pela camada principal em momentos de alta demanda.

“A layer 2 é uma estrutura construída com base em um sistema já existente e se destaca por resolver as dificuldades do blockchain, principalmente no que diz respeito à velocidade de transação”, afirma Menegatti.

“Na prática, a layer 2 abre a possibilidade de executar diversas movimentações ao mesmo tempo, com a vantagem de uma tarifa reduzida”, complementa.

Tendo em vista que uma das principais características do blockchain é a segurança, Menegatti ressalta que a adoção da layer 2 em nada fragiliza o sistema.

Desse modo, o usuário pode ficar despreocupado sobre o caminho por meio do qual a transação se concretiza, se pela via principal (layer 1) ou pela adicional (layer 2).

“A segunda camada reduz a pressão sobre a cadeia principal, mas, no fim, leva ao mesmo destino. É como se fosse uma pista adicional que desafoga o trânsito da via expressa”, esclarece o especialista.

Lightning Network

Uma solução layer 2 famosa é a do próprio bitcoin, chamada Lightning Network. Crescendo como uma alternativa de meio de pagamento, seu crescimento foi ainda maior em 2021.

El Salvador é um dos exemplos de uso dessa layer 2 que o especialista destaca como grande potencial de desafogar as blockchains, barateando e acelerando transações para usuários finais.

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Vinicius Golveia
Vinicius Golveia
Formado em sistema da informação pela PUC-RJ e Pós-graduado em Jornalismo Digital. Conhece o Bitcoin desde 2014, atuando como desenvolvedor de blockchain em diversas empresas. Atualmente escreve para o Livecoins sobre assuntos de criptomoedas. Gosta de cultura POP / Geek. Se não estiver escrevendo notícias relevantes, provavelmente está assistindo alguma série.

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