A LUMX, empresa especializada em soluções baseadas em blockchain, está ampliando sua atuação no mercado de pagamentos com stablecoins, tanto no Brasil quanto em operações internacionais.
A companhia aposta na tecnologia para oferecer liquidação mais ágil, redução de custos e maior transparência em transações financeiras entre empresas.
Estratégia no Brasil e no exterior
De acordo com Caio Barbosa, fundador e co-CEO da LUMX, a estratégia é dupla e adaptada ao perfil de cada mercado.
No Brasil, a empresa atua em um cenário em que há curiosidade crescente e, em muitos casos, conhecimento aprofundado sobre stablecoins.
Contudo, ainda existe um trabalho educativo em andamento, já que se trata de uma tecnologia emergente. Segundo a companhia, os casos de uso se mostram mais tangíveis, o que facilita a compreensão das vantagens do blockchain para empresas locais.
Já no mercado internacional, o público chega com maior interesse direto na aplicação da tecnologia. O trabalho, nesse caso, se concentra em atender particularidades regionais e adaptar os fluxos de acordo com as necessidades de cada cliente.
Em ambos os contextos, a LUMX destaca que a questão regulatória é o ponto de interseção. A empresa reforça o compromisso em operar com compliance robusto, integrado ao seu framework interno, para garantir segurança aos clientes e clareza nas exigências para novos parceiros.
Setores atendidos pela LUMX
Hoje, os principais clientes da LUMX no modelo B2B estão ligados ao câmbio e aos fluxos de importação e exportação. O uso de stablecoins nesses segmentos tem se mostrado uma alternativa eficiente para transações internacionais, já que elimina intermediários, reduz custos operacionais e acelera a liquidação.
O que motivou a entrada no segmento
A decisão de entrar no mercado de stablecoins foi motivada por uma combinação de fatores: o rápido crescimento do interesse institucional, a evolução do debate sobre a tecnologia, o momento favorável do mercado e a confiança da LUMX em suas capacidades técnicas. A empresa já acumulava experiência prévia com blockchain, o que serviu como base para a nova frente de atuação.
Como funciona a liquidação com stablecoins
No processo de liquidação, a escolha depende dos rails (corredores) e do fluxo desejado por cada cliente, além da profundidade de liquidez necessária.
A empresa explica que, seja utilizando stablecoins como USDC ou USDT, ou moedas fiduciárias como real, dólar ou euro, a liquidação acontece a partir da integração entre sua infraestrutura e os parceiros de liquidez.
A API da LUMX identifica em tempo real a cotação e o caminho mais eficiente para executar a transação, garantindo rapidez e segurança no processo.
Compliance e regulação
A LUMX afirma ser compliance-first desde o primeiro contato com clientes. O departamento jurídico e de compliance da empresa mantém comunicação constante com reguladores e representantes do setor, participando ativamente das discussões sobre a regulação de stablecoins no Brasil.
Enquanto o marco regulatório brasileiro ainda está em desenvolvimento, a LUMX se apoia em estruturas já consolidadas do mercado financeiro tradicional para guiar sua operação. A empresa entende que esses modelos funcionam como “estrela-guia” em relação a processos de conformidade e combate à lavagem de dinheiro (AML).
Expectativas com a regulação brasileira
A empresa enxerga de forma positiva a futura regulamentação de stablecoins no Brasil. Para a LUMX, o movimento trará maior legitimidade ao setor e pode ser um divisor de águas para a adoção em massa, assim como ocorreu em outros mercados após regulações como o Genius Act e o MiCA, na União Europeia.
As Consultas Públicas abertas no país e o diálogo com reguladores são vistos pela empresa como sinais de que a regulação brasileira será construtiva, com foco em criar um ambiente saudável para o desenvolvimento do setor.