Maior corretora de criptomoedas dos EUA ameaça deixar país

Falando em conversa com o ex-chanceler George Osborne no Innovate Finance Global Summit na terça-feira (18), Brian Armstrong disse: “O Vale do Silício tem uma maldição de recursos”.

Brian Armstrong, o CEO da maior corretora de criptomoedas dos EUA, sugeriu que a Coinbase pode sair do país se o ambiente regulatório não ficar mais claro. Armstrong afirmou que “qualquer coisa está sobre a mesa”, incluindo a realocação da empresa.

O CEO da Coinbase comparou a situação do Reino Unido, onde há apenas um regulador responsável por commodities e valores mobiliários, com os EUA, onde existem órgãos separados.

“Tudo está na mesa, incluindo realocação ou o que for necessário. Acho que os EUA têm potencial para ser um mercado importante de criptomoedas, mas, no momento, não estamos vendo a clareza regulatória de que precisamos. Acho que em alguns anos, se não virmos que a clareza regulatória melhora nos EUA, talvez tenhamos que considerar investir mais em outras partes do mundo.”

Apesar de o CEO da Coinbase ter falado sobre sua oposição à atual regulamentação das criptomoedas nos EUA, sugerir a saída da empresa do país marca uma escalada da retórica.

No final de março, a Coinbase foi notificada pela Comissão de Valores Mobiliários do país, a SEC, de que o regulador planeja entrar com uma ação de execução contra a corretora.

Falta de clareza

A Coinbase reclamou da falta de clareza regulatória após 30 reuniões com a SEC. Na ocasião, Armstrong argumentou que há falta de distinção ou nuance em como os reguladores veem os diferentes ramos da indústria de criptomoedas e que as áreas descentralizadas devem ser tratadas de maneira muito diferente porque não há autoridade central para regulamentar.

Armstrong também disse que exchanges como a Coinbase devem ser regulamentadas como empresas de serviços financeiros, enquanto outras áreas devem ser regulamentadas como empresas de software.

Além disso, Armstrong falou sobre a identidade descentralizada como um dos casos de uso mais atraentes para a tecnologia blockchain. Ele afirmou que as mídias sociais descentralizadas estão no horizonte e que é muito importante em termos de liberdade de expressão.

A Coinbase revelou a Base, uma rede Ethereum de camada 2, no início deste ano, na qual os desenvolvedores podem criar aplicativos descentralizados (dapps). Isso indica que a Coinbase deseja expandir os usos mais amplos da tecnologia blockchain além da negociação de ativos digitais.

Mudança de sede

Falando em conversa com o ex-chanceler George Osborne no Innovate Finance Global Summit na terça-feira (18), Brian Armstrong disse: “O Vale do Silício tem uma maldição de recursos”.

Ele disse que a Coinbase está considerando uma mudança de sede para o Reino Unido enquanto Joe Biden “pune” fintechs nos EUA.

O fracasso dos Estados Unidos em criar uma estrutura regulatória para empresas de criptomoedas está afetando o setor e pode levar a maior corretora do país, que tem 110 milhões de usuários, a se mudar, alertou seu executivo-chefe.

Armstrong disse: “Eles têm a galinha dos ovos de ouro … e ainda assim querem punir essas coisas … eles consideram isso um dado adquirido e tentam extrair o máximo que podem”.

Ele acrescentou: “O Reino Unido é o nosso segundo maior mercado. Não estamos vendo clareza regulatória nos EUA. Podemos ter que considerar investir em outro lugar.”

O Reino Unido tem uma vantagem sobre os Estados Unidos porque a Autoridade de Conduta Financeira supervisiona tanto as commodities quanto os valores mobiliários, enquanto nos Estados Unidos há uma “batalha territorial” entre dois reguladores separados que divulgaram declarações contraditórias.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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