Maior pool de mineração de Bitcoin bane chineses

A repressão contra mineradores na China não tem tido trégua.

Nesta segunda, a maior pool de mineração de Bitcoin baniu os mineradores chineses, mostrando que a comunidade deverá acatar a determinação do governo chinês.

Na última sexta (24), o governo do Partido Comunista da China (PCC) passou a recriminar toda e qualquer operação feita em criptomoeda, em uma nova escalada contra sua população envolvida com este mercado.

No mês de maio, a repressão também já havia sido percebida pelo mercado de Bitcoin, mas daquela vez a decisão afetava mais os mineradores, que ocupavam vários galpões no país.

Maior pool de mineração de Bitcoin do mundo bane mineradores chineses

As pools, ou piscinas na tradução literal, são formadas quando um número de mineradores se reúnem para um único propósito de mineração de uma ou várias criptomoedas. Soma-se o poder de mineração de todos os participantes em cooperação para se encontrar de forma mais rápida o resultado da equação e receber a recompensa, dividindo os lucros quando encontrados.

Segundo informações do 8BTC News, a f2pool, responsável por 18% do poder de processamento de hash na rede Bitcoin hoje, emitiu um comunicado para seus clientes, que se forem chineses, terão suas contas encerradas na plataforma.

Essa nova proibição passa a valer após as determinações do governo da China, que proíbe toda e qualquer relação da sua população com o mercado de criptomoedas, seja transação com essas moedas, mineração, ou qualquer outra atividade relacionada ao setor.

“A primeira pool de mineração de Bitcoin @f2pool_official na China parou de fornecer serviços para a China. Se for detectado que o usuário é da China, sua conta pode ser congelada ou encerrada.”

Antes da proibição das atividades na China, o país registrava o maior poder de mineração, que começou a ser transferido para outros países após a caótica situação na segunda maior potência econômica do mundo.

Para dois brasileiros mineradores de Bitcoin, a moeda continua segura, mas esse pode ter sido o maior ataque já registrado contra a rede, apontou eles.

Província da China apreendeu muitas máquinas de Bitcoin nos últimos meses

O veículo chinês responsável pelas novas informações é o Sohu, uma empresa listada na Nasdaq que fornece mecanismos de busca para chineses e mais aplicativos, concorrente do Google em um país onde a empresa é proibida de operar.

Segundo informações do Sohu, agentes de uma agência do governo receberam informações que um galpão estaria com várias máquinas de mineração nos últimos meses, quando rapidamente partiram para o local.

Em uma batida realizada na Região Autônoma da Mongólia Interior, foram detectadas 10.100 mineradoras de Bitcoin, que de acordo com as novas diretrizes chinesas é uma moeda estrangeira proibida no país.

“Em um depósito onde o equipamento de “mineração” de moeda virtual estava empilhado, 10.100 “máquinas de mineração” foram apreendidas. Após investigação, essas “máquinas de mineração” são equipamentos de compensação de “mineração” em moeda virtual estrangeira, e o consumo de eletricidade no local era de 1.104 kWh.”

Esse foi apenas um dos episódios que essa região viu nos últimos meses, sendo que as autoridades estão monitorando o consumo de energia das residências e empresas em todo o país. Caso este consumo ultrapasse as medidas comuns de gasto enérgico, as autoridades realizam inspeções.

A Mongólia Interior, por exemplo, já encerrou 45 fazendas de mineração em 2021, gerando teoricamente uma diminuição no consumo de energia anual em “6,58 bilhões de quilowatts-hora de eletricidade”.

Vale notar que a mineração na China usava em grande parte carvão, ou seja, a rede era considerada poluente. Com a nova readaptação dos mineradores, fontes renováveis estão sendo encontradas, mostrando que a rede Bitcoin está passando a ser mais amigável ao meio ambiente.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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