Curso do Ministério da Justiça e Segurança Pública para agentes de segurança do Brasil, dentre os temas debatidos as criptomoedas (Divulgação)
Um curso avançado do Programa Nacional de Capacitação e Treinamento para a Recuperação de Ativos e o Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (PNLD) para mais de 180 agentes públicos da região Nordeste se iniciou nesta terça-feira (27), na sede regional do Banco Central do Brasil, em Recife (PE), que trata até sobre o tema das criptomoedas.
O treinamento vai até a próxima sexta-feira (30), para tratar de temas da Rede Nacional de Laboratórios de Tecnologia Contra Lavagem de Dinheiro (Rede-Lab).
Haverá a participação de 30 palestrantes com coordenação da Secretaria Nacional de Justiça (Senajus), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), em parceria com o Ministério Público de Pernambuco, a Polícia Civil de Pernambuco e o Bacen.
Na abertura o secretário Nacional de Justiça substituto, Fábio Santos Pereira Silva ressaltou que o evento fortalece o combate ao crime organizado. “Este curso tem como missão oferecer uma estrutura sólida e integrada de conhecimentos e promover a articulação entre instituições“, destacou.
Ele reforçou o papel estratégico da Rede-Lab, que existe há mais de uma década e conta com laboratórios em 64 órgãos públicos de todas as unidades federativas, incluindo as Polícias Civis, os Ministérios Públicos, a Polícia Federal, o Ministério Público Federal, a Receita Federal e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). “O PNLD já percorreu todos os estados e o Distrito Federal e já capacitou mais de 35 mil agentes públicos. Esse alcance expressivo só foi possível graças à dedicação dos parceiros envolvidos“, afirmou.
O curso avançado do PNLD no Recife reforça o compromisso do MJSP com a capacitação continuada dos profissionais. “Mais do que uma capacitação técnica, buscamos fomentar uma verdadeira comunidade de aprendizado, pautada na cooperação interinstitucional e na construção de respostas conjuntas, efetivas e baseadas em evidências“, concluiu Silva.
Entre os assuntos debatidos ao longo da semana, estão: fintechs e arranjos de pagamento; aplicações de inteligência artificial na prevenção à lavagem de dinheiro; relatórios de inteligência financeira; estratégias de recuperação de ativos; confisco alargado e visual law; fraudes em licitações; análise de dados fiscais de pessoas jurídicas; e uso de criptoativos. Outros aspectos abordados são sobre os sistemas e as bases de dados disponíveis à Rede-Lab.
O treinamento também debaterá sobre a necessidade de integração entre o Sistema de Investigação de Movimentações Bancárias (Simba) e o Sistema de Busca de Ativos do Poder Judiciário (SisbaJud).
O primeiro foi desenvolvido pelo Ministério Público Federal para facilitar o tráfego seguro e eficiente de dados bancários entre instituições financeiras e órgãos públicos, mediante autorização judicial prévia.
O segundo é um sistema eletrônico que interliga o Poder Judiciário ao Bacen e às instituições financeiras. A integração facilitará o combate à corrupção e a crimes financeiros.
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