Uma mansão do “Sheik dos bitcoins”, Francisley Valdevino da Silva, preso pela polícia federal em 2022, está sendo depredada por vândalos e virou até um mocó para usuários de drogas.
Ele é um dos suspeitos presos preventivamente pela PF, após indícios de crimes contra o sistema financeiro. Francisley era o fundador e líder do Grupo InterAG, que operava de Curitiba com várias empresas.
Sua prisão ocorreu após autoridades dos Estados Unidos pediram que o suspeito fosse detido. Na América do Norte, ele também segue investigado por crimes contra o sistema financeiro contra investidores.
No Brasil, ele fez vítimas como a família de Janguiê Diniz e a modelo Sasha Meneghel, filha de Xuxa e Luciano Szafir.
Sheik dos bitcoins tem mansão depredada e roubada
De acordo com reportagem da RICtv, afiliada da RecordTV em Curitiba, uma das mansões do Sheik dos bitcoins está em ruínas.
Desde que a prisão do suspeito ocorreu em 2022, o local começou a ser depredado, segundo vizinhos. Além disso, usuários de drogas se instalam no local para consumir, criando uma sensação de insegurança na região do condomínio.
A casa, segundo apuração, não era onde vivia Francisley e funcionava como um apoio de suas atividades fraudulentas.
Em visita ao local, uma jornalista constatou que nem o portão da residência foi poupado. Fiação, azulejos, entre outros bens do imóvel acabaram surrupiados por criminosos, que agora frequentam o local.
“De madrugada passam com carrinho de supermercado carregando materiais”, diz vizinho
Além da depredação do imóvel e do consumo de drogas na agora ex-mansão do sheik dos bitcoins, os vizinhos contaram histórias apavorantes sobre a situação.
Um dos vizinhos, por exemplo, declarou que pessoas estranhas estão frequentando a região, episódio nunca antes visto pelos moradores.
Outro já relatou que viu pessoas passando pela madrugada com carrinhos de supermercado, cheios de itens depredados da mansão de Curitiba. Segundo ele, nos últimos ao sair de uma reunião do condomínio, ele percebeu que uma Kombi parada em frente ao terreno estava sendo carregada por criminosos que roubaram ferros do imóvel.
Vale lembrar que, embora a mansão pertença ao sheik dos bitcoins, a Justiça Federal poderia utilizar o imóvel para o ressarcimento de clientes. Contudo, com a depredação, o imóvel pode perder valor e prejudicar o andamento processual de investidores lesados.
As empresas de Francisley se infiltravam em movimentos religiosos para captar clientes, prometendo lucros acima do mercado para investidores. O prejuízo de suas práticas criminosas pode alcançar R$ 4 bilhões, segundo a PF apura na Operação Poyas.
