Uma megaoperação da Receita Federal na última quinta-feira (20) na Argentina prendeu 40 pessoas que estavam em fazendas de mineração de criptomoedas ditas como clandestinas pelas autoridades.
Nos últimos meses, a AFIP, receita argentina, realizou várias batidas contra fazendas de mineração, após empresas chamarem atenção com atividades não reguladas.
Para detectar essas operações, a receita se uniu às empresas de energia elétrica, que denunciaram casos suspeitos de alto consumo, que foge aos padrões energéticos. Assim, fazendas estão sendo descortinadas no país vizinho ao Brasil.
Megaoperação encerra fazendas de mineração de criptomoedas e Receita prende 40 pessoas
A AFIP está batendo nas portas de lugares suspeitos de realizarem a mineração de criptomoedas para investigar possíveis esquemas de uso de energia.
Na megaoperação divulgada na última quinta, a receita argentina disse que em 70 batidas foi possível encerrar várias fazendas de mineração de criptomoedas clandestinas, além de realizar a prisão de 40 pessoas.
Essas instalações estariam utilizando até cabos roubados para uso de energia, que resultou em um prejuízo energético avaliado em US$ 2 milhões, segundo a investigação. Ou seja, o roubo de energia custou mais de R$ 10 milhões, sendo este o crime apurado no caso, equivalente a 50 milhões de pesos.
De acordo com a nota pública dessa investigação, as fazendas clandestinas são encontradas a partir de cruzamento de dados de consumo energético, que levam agentes a irem até os locais para realizar uma inspeção física.
“Os cruzamentos de informações das áreas especializadas da AFIP permitiram detectar fazendas de criptomoedas não declaradas em diferentes pontos do país com base no alto consumo de energia elétrica.”
Operação foi em galpão
Durante a investigação da megaoperação, os agentes então encontraram um galpão com vários racks de equipamentos mineradores, que estavam ligados em operação. Havia ainda materiais que deveriam ajudar a reduzir o consumo elétrico dos equipamentos, em uma tentativa de disfarçar o roubo de energia, segundo a AFIP.
Todas as placas de vídeo encontradas no local foram apreendidas pelas autoridades, que deram um duro golpe na mineração clandestina com roubo de energia. Os 40 presos deverão responder pelo crime perante o órgão argentino.
Para o administrador da AFIP, Carlos Castagneto, a agência deve redobrar as investigações contra esquemas de roubo de energia que envolvem as criptomoedas, assim como de importações ilegais de equipamentos sem o devido pagamento de tributos para a Argentina.
Atravessando uma crise econômica, o país busca realizar mais operações contra fraudes financeiras que podem impactar a parte fiscal do governo.