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Méliuz compra R$ 20 milhões em bitcoin e se torna a primeira empresa da Bolsa a adotar o BTC no Brasil

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Em um anúncio surpreendente nesta quinta-feira (6), a Méliuz SA (B3: CASH3) anunciou a compra de bitcoin como estratégia de tesouro.

Sendo a primeira companhia com capital aberto no Brasil a fazer tal movimento, a Méliuz divulgou a compra de 47,72 bitcoins.

Para isso, a empresa gastou 4,1 milhões de dólares, agora somados em sua tesouraria. O preço médio pago em cada unidade de bitcoin, segundo a companhia, foi de US$ 90.296,11.

Méliuz compra bitcoin e abre caminho para mais companhias de capital aberto brasileiras seguirem o movimento

A confirmação da compra de bitcoin pela Méliuz, segundo apurado pelo Livecoins, ocorreu por meio de um fato relevante.

Este é o documento oficial que chega para todos os investidores da empresa e o mercado em geral. Assim, a compra se deu após um estudo minucioso feito pela companhia com ações na B3.

Inclusive, o estudo também segue anexado ao comunicado público, para todos os interessados em entender a razão da Méliuz comprar bitcoin neste momento de sua história.

A empresa, vale lembrar, detém em sua posse um dos aplicativos de cupons de desconto mais famosos do Brasil. Agora, com as novas mudanças aprovadas pelo Conselho Diretor, a Méliuz poderá alocar até 10% de seu capital em bitcoin.

Para tanto, o Conselho de Administração aprovou: i) a alteração da Política de Gestão de Liquidez da Companhia, que passa a se chamar Política de Aplicações Financeiras, de modo a permitir a aplicação de até 10% do caixa total da Companhia em Bitcoin, buscando um retorno de longo prazo no referido ativo; e ii) a constituição do Comitê Estratégico de Bitcoin que pretende apoiar a análise da viabilidade da ampliação da estratégia – conforme mencionado abaixo -, a operacionalização das compras e apoio na criação de diretrizes e governança específicas e afins para este assunto“, diz o comunicado.

Bitcoin pode se tornar o principal ativo no tesouro da empresa

Além de iniciar o processo de adoção do bitcoin, a Méliuz também divulgou que estuda ter a moeda digital como seu principal ativo de tesouro.

A companhia também pretende estudar formas de ter bitcoin de forma incremental aos acionistas. Um novo estudo em andamento promete divulgar os resultados entre 45 e 60 dias, por meio de um novo fato relevante.

“A Administração da Companhia acredita que a estratégia de tesouraria focada na reserva de Bitcoin tem potencial importante para a maximização de valor para a Companhia e para seus acionistas.”

Vale o destaque que nenhuma empresa com capital aberto no Brasil havia comprado bitcoin ainda. Assim, o caminho começa a se abrir para que mais companhias sigam o fluxo, já conduzido por grandes empresas com capital aberto nos EUA, como o Nubank e Mercado Livre, por exemplo.

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Autor:
Gustavo Bertolucci