A semana começou agitada após novas declarações do presidente Donald Trump sobre tarifas recíprocas anunciadas na última semana.
A escalada da guerra comercial entre Estados Unidos e China voltou a gerar forte aversão ao risco, derrubando as bolsas mundiais e deixando os investidores em estado de alerta.
Grandes players do mercado têm criticado as medidas tomadas pelo governo norte-americano, apontando que o impacto pode ser muito maior do que o observado até agora. O cenário é de incerteza — e muitos investidores seguem tentando decifrar a real estratégia por trás das ações de Trump.
Segundo a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, quase 70 países já entraram em contato com os EUA buscando acordos bilaterais que minimizem os efeitos da política tarifária.
Trump, por sua vez, instruiu sua equipe a trabalhar em “acordos sob medida”, desde que beneficiem os trabalhadores norte-americanos e ajudem a reduzir os déficits comerciais crônicos.
China reage com força e a tensão escala
A resposta da China não demorou. Na quarta-feira (9), Pequim anunciou um aumento significativo nas tarifas sobre produtos norte-americanos, elevando a carga para 84%. A medida é uma resposta direta às ações de Trump e representa uma escalada sem precedentes nas tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo.
Segundo o governo chinês, as novas tarifas entram em vigor já nesta quinta-feira (10), reforçando o tom de confronto aberto entre as potências. A guerra comercial, além de abalar o mercado financeiro, reacende temores de uma possível recessão global.
Medo extremo domina o mercado
O gráfico do índice de sentimento do mercado mostra claramente: o medo extremo tomou conta dos investidores. A possibilidade de uma guerra comercial generalizada e os impactos econômicos que ela pode trazer estão fazendo os mercados reagirem de forma intensa.
Aposta em corte emergencial de juros nos EUA
O presidente Donald Trump disse nessa segunda feira que o FED deve reduzir a taxa de juros. Diante desse cenário, o mercado financeiro passou a precificar um corte emergencial de juros por parte do Federal Reserve (Fed).
Até a semana passada, apenas três cortes estavam totalmente no radar. Agora, os juros futuros apontam para uma chance de aproximadamente 40% de que o Fed reduza sua taxa básica ainda antes da próxima reunião de política monetária, marcada para 7 de maio.
Bitcoin: força compradora e região de decisão
Enquanto os mercados tradicionais enfrentam turbulências, o Bitcoin segue respeitando sua região de demanda — já destacada em publicações anteriores no meu perfil.
No gráfico diário, observamos que o BTC buscou uma zona de ineficiência de preço, testou a região de demanda e respondeu com força compradora, acompanhada de um aumento significativo no volume.
Porém, atenção: a região dos US$ 81.700 (representada pelo retângulo amarelo no gráfico) segue sendo um ponto crucial. Essa faixa conflui com uma LTB que não é rompida desde janeiro.
Se o preço não romper essa zona, há possibilidade de recuo para a faixa entre *US$ 74.000 e US$ 70.000.
De acordo com dados on-chain (Liquidation Map), há um grande volume de liquidez acima dos US$ 80.600. Caso a pressão compradora persista, podemos ver um short squeeze, forçando o fechamento de posições vendidas e impulsionando o preço para cima — melhorando, inclusive, o sentimento do mercado.
Apesar de todo o pânico e frustração, o mercado pode voltar a respirar aliviado à medida que novos acordos forem sendo firmados — especialmente entre EUA e China. Até lá, o mundo segue atento, com o coração apertado e o olhar fixo nas movimentações das grandes potências.
E como sempre gosto de lembrar: no caos, estão as melhores oportunidades. A diferença está em quem está preparado para enxergar e agir no momento certo.