Michael Burry ganhou US$ 800 milhões durante a crise de 2008, US$ 100 mi para si e US$ 700 mi para seus investidores, tornando-se um ícone para os ursos do mercado financeiro.
No entanto, suas previsões nem sempre dão certo. Na primeira quarta-feira de fevereiro, dia em que o Fed elevaria a taxa de juros novamente, Burry mostrou seu pessimismo com o mercado usando uma única palavra: “venda”.
Mesmo sem dar pistas sobre quais ativos estava se referindo, sua previsão não foi nada certeira.
Como exemplo, o índice S&P 500 segue estático após recuperar-se de uma breve queda de 5% em meio a alta dos juros americanos. Já o Bitcoin subiu 24% desde o infame tuíte do investidor que teve sua vida contada no filme A Grande Aposta (2015).
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Michael Burry reconhece que estava errado
Com os mercados sobrevivendo ao incessante aumento das taxas de juros do Fed, Michael Burry voltou às suas redes sociais nesta quinta-feira (30) para reconhecer que estava errado.
“Eu estava errado em dizer ‘venda’.”
Antes disso, Burry também mostrou-se tranquilo sobre a quebradeira dos bancos americanos. Apesar de ter contagiado o setor bancário de outros países, o investidor não enxergou motivo para alarde.
“Esta crise pode ser resolvida muito rapidamente. Não estou vendo o verdadeiro perigo aqui.”
Partindo de um investidor famoso por seu pessimismo, um perfil que arquiva os tuítes de Burry chegou a criar uma enquete para saber se ele estava falando sério ou não. Como pode ser visto, a votação foi acirrada.
Mercado está estranho
Apesar do recuo dos mercados com o “fim do dinheiro fácil”, ações americanas continuam em níveis altos. O mesmo acontece com o Bitcoin, que atingiu os US$ 29.000 nesta quinta-feira (30) mesmo com o encerramento de bancos aliados às criptomoedas e o recente processo da CFTC sobre a Binance.
Segundo analistas, a alta do Bitcoin está conectada a alta do mercado acionista americano, o que explicaria esse movimento que em um primeiro momento parece divergente ao que está acontecendo na indústria.
Por fim, essas altas e outros dados mostram que a economia americana ainda está aquecida e o Fed está longe de controlar a inflação do dólar. Ou seja, podemos esperar por mais um aumento dos juros em sua próxima reunião.