Desde 2012, a mineração de Bitcoin utiliza o protocolo Stratum para que mineradores se comuniquem entre si. Entretanto, agora ela está mudando com a chegada de sua segunda versão, a Stravum V2, após 10 longos anos.
A ideia está sendo apoiada pela Block, empresa de Jack Dorsey, e pela mineradora Braiins. Contudo, ambos acreditam que não será fácil convencer outros players a adotarem a atualização.
“Os mineradores conhecem muito bem os benefícios de atualizar para o Stratum V2, mas empurrar todo o setor de mineração sobre alguns dos obstáculos de desenvolvimento e adoção restantes é uma grande tarefa”, disse Jan Capek, co-fundador da Braiins à CNBC.
Quais as melhorias do Stratum V2?
Simplificando, o Stratum é o protocolo utilizado para que mineradores mostrem seus trabalhos as pools para então serem recompensados. Contudo, este modelo já está em uso há 10 anos, sem nenhuma alteração.
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Segundo Steve Lee da Spiral, uma das melhorias apresentadas pelo Stratum V2 está relacionado a baixa qualidade da internet em alguns locais do mundo. Sendo assim, o mesmo promete tornar a mineração de Bitcoin ainda mais descentralizada.
“No total, muito menos dados precisam ser transmitidos entre mineradores e pools, e isso pode ajudar mineradores em regiões remotas do mundo com internet ruim.”
Para resolver isso, o Stratum V2 utilizará um proxy que agregará todas conexões, estabelecendo apenas uma com a pool. Ou seja, não será preciso que cada rig individual tenha uma conexão com a pool.
Indo além, outras melhorias na questão de segurança também estão presentes neste novo protocolo. Como exemplo, a introdução de um mecanismo de segurança com autenticação entre mineradores e pools para resolver problemas de roubo de hash rate.
Hash rate do Bitcoin subiu? Agradeça ao Ethereum
Apesar de seu preço estar quase estático, o hash rate do Bitcoin bateu outro recorde nesta semana. Segundo reportagem da Bloomberg, isso se deve ao abandono do Proof-of-Work pelo Ethereum no mês passado.
Em suma, grandes mineradoras de Bitcoin também trabalhavam na mineração de Ethereum. Portanto, a remoção de placas de vídeo de seus galpões abriu espaço para mais ASICs de Bitcoin.
“O espaço nos racks para mineradores de Bitcoin era limitado, liberando o espaço abre caminho para que máquinas anteriormente desconectadas sejam conectadas”, contou Ethan Vera da Luxor Technologies à Bloomberg.
Além do espaço, a mineração de Ethereum também consumia bastante energia já que era menos eficiente. Portanto, agora gigantes da mineração podem aproveitar esta nova folga para focar apenas no Bitcoin.