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“O dólar está em extinção”, diz bilionário que comprou 30.000 bitcoins em 2014

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Tim Draper, fundador da Draper Associates, acredita que o dólar americano está em extinção e em breve varejistas começarão a preferir o Bitcoin como moeda de pagamento.

Além de outros sucessos de sua carreira como investidor, que iniciou na década de 80, Draper é lembrado por ter comprado cerca de 30.000 bitcoins leiloados pelo governo americano ainda em 2014.

Na data, a quantia estava avaliada em US$ 18,7 milhões. Hoje essas moedas valem mais de US$ 3,1 bilhões.

Tim Draper prevê fim do dólar e crescimento da aceitação do Bitcoin como moeda

Embora o Bitcoin tenha nascido como uma moeda, o ativo rapidamente ganhou uma forte narrativa de reserva de valor devido a sua escassez. No entanto, Tim Draper acredita que o BTC ainda tem potencial para se tornar um dinheiro de troca.

“O dólar está em extinção. As pessoas vão correr para gastá-lo à medida que perde valor. Em breve, os varejistas vão preferir o Bitcoin. E quando isso acontecer, é quando as pessoas começarão a gastar Bitcoin.”

Retailers will soon prefer Bitcoin. And when they do, that’s when people will start spending Bitcoin. https://t.co/nSBGfAkEMK

— Tim Draper (@TimDraper) May 31, 2025

Seu tuíte cita uma postagem que revela outros bilionários falando sobre essa mudança de postura.

O principal destaque é Michael Saylor, conhecido por estar empilhando Bitcoin semanalmente como fosse um ouro digital. Em vídeo, o fundador da Strategy fala sobre a família Rothschild, que chegou a ser a mais rica do mundo no século XIX.

“Liquidação em dinheiro para os Rothschilds no século XIX… Menciono isso porque o Bitcoin é um sistema de dinheiro entre pares, certo? E muitas pessoas vivem me dizendo no Twitter: “Você não entende o que é dinheiro entre pares.””, comentou Saylor. “Mas quando os Rothschilds liquidavam uma transação com título ao portador no século XIX, isso significava que trocavam os títulos por ouro em barras ou moedas de ouro. Ou seja, dinheiro significava ouro.”

“Então havia uma moeda fiduciária, esses títulos, circulando no sistema de dinheiro com base no padrão-ouro durante todo o século. Acho isso importante porque, se olharmos para o Bitcoin hoje, ele é o ouro digital. É o dinheiro digital.”

Seguindo, Saylor afirma que o mundo estará baseado em um padrão-Bitcoin ainda no século XXI. Atualmente sua empresa detém 580.250 BTC, sendo a empresa pública com o maior número de moedas em caixa.

Visão do Bitcoin como moeda é compartilhada por outros nomes famosos do mercado

Outro vídeo mostra David Marcus, ex-PayPal e Facebook, apontando que o Bitcoin será a rede para liquidações de pagamentos. Ainda em 2023, Marcus lançou a Lightspark, uma solução usando a Lightning Network para clientes institucionais.

A ideia de seu projeto é permitir que empresas façam transações de diferentes moedas fiduciárias, como enviar reais e receber dólares, mas com a agilidade do Bitcoin como rede intermediária.

Além disso, também é citado uma palestra de um executivo da Block, empresa de Jack Dorsey, mostrando como sua empresa está ganhando cerca de 9,7% ao ano por rotear transações da Lightning Network.

O próprio Dorsey também é mencionado em outra entrevista, afirmando que o Bitcoin falhou ao deixar de ser uma moeda propriamente dita.

“Acredito que [o Bitcoin] fracassa por irrelevância. Simplesmente deixa de ser relevante para as pessoas no dia a dia. Se acabar sendo apenas uma reserva de valor e nada mais, acho que ele não ganha relevância alguma.”

“Acho que ele precisa ser usado para pagamentos para ser relevante no cotidiano”, comentou Dorsey. “Caso contrário, é só algo que você compra, esquece, e só usa em situações de emergência ou quando quer voltar a ter liquidez.”

“If it’s just a store of value… it fades into irrelevance.”

That take reignited a core tension in the movement. pic.twitter.com/AZQJCyEc8S

— Swan (@Swan) May 30, 2025

O interesse de diversos bilionários no uso do Bitcoin como moeda, seja por acumulação ou pela criação de soluções, mostra como a criptomoeda está à beira de uma nova mudança de narrativa.

Por fim, vale notar que isso está acontecendo nos EUA, responsável pela moeda mais aceita do mundo. Portanto, não é difícil imaginar que essa tendência cresça em países com moedas mais fracas.

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Henrique HK

Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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Henrique HK