Operação Confraria une Ministério Público e Polícia Civil do Rio Grande do Sul em combate a crimes. Foto: Divulgação.
O Ministério Público do Rio Grande do Sul, em cooperação com a Polícia Civil, deflagrou a Operação Confraria para combater crimes na cidade de Parobé (RS).
A investigação, que apura até a participação do prefeito, cumpriu 43 mandados de busca e apreensão nas instalações do Poder Executivo de Parobé, no Vale do Paranhana. A Confraria se deu na manhã da última quarta-feira (18).
As ordens judiciais também ocorreram em residências, escritórios e empresas de investigados, onde foram apreendidos documentos, equipamentos eletrônicos, além do sequestro judicial de bens e valores, incluindo 59 veículos e 33 imóveis. As ordens foram expedidas pela 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS). Com informações do MPRS.
A ação visa apurar indícios de corrupção, fraudes em licitações e lavagem de dinheiro no município de Parobé, envolvendo rede estruturada e grupo criminoso. Até o momento, diversas armas de fogo e 15 veículos foram apreendidos.
Cerca de 240 policiais civis cumpriram 43 mandados de busca e apreensão em Porto Alegre e na Região Metropolitana. Também, foram apreendidos judicialmente mais de 30 imóveis e 50 veículos. Além disso, foi determinado pela justiça 43 afastamentos de sigilo bancário, fiscal e financeiro, incluindo de criptomoedas.
Ao todo, há 42 pessoas físicas e jurídicas estão sendo investigadas e buscas ocorreram até na residência do prefeito da cidade.
O esquema sob apuração envolvia a manipulação de processos licitatórios, com uso de “laranjas” na gestão de empresas, aquisição de bens, como imóveis e veículos. Os recursos financeiros angariados ilicitamente eram empregados para ocultar sua origem, caracterizando crimes de lavagem de dinheiro.
Medidas cautelares, como o afastamento de sigilos bancário e fiscal, estão sendo aplicadas para aprofundar a análise das movimentações financeiras.
As investigações são conduzidas pela promotora de Justiça Letícia Elsner Pacheco e pelo delegado de Polícia Filipe Bringhenti, sob a coordenação do procurador de Justiça Fábio Costa Pereira, coordenador da PFPO, e do delegado de Polícia Cassiano Cabral, diretor da Divisão de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro do DEIC.
Participaram, ainda, da “Operação Confraria”, as promotoras de Justiça Karina Bussmann e Mariana de Azambuja Pires, e o promotor de Justiça Heitor Stolf Junior. Também estiveram presentes a delegada de Polícia Vanessa Pitrez, diretora do DEIC, e os delegados Max Ritter, João Vitor Heredia e Augusto Zenon.
O caso é mais um em que o Ministério Público de um estado brasileiro atua no combate a crimes e manda suspender criptomoedas dos investigados.
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