Operação da PF apreende criptomoedas de garimpo ilegal em terras indígenas

Receita Federal ajudou nas buscas e caso segue sendo investigado por autoridades.

Nos últimos dias, uma operação deflagrada pela PF apreendeu criptomoedas de uma operação de garimpo ilegal de ouro no Pará, que invadiu até terras indígenas. O grupo é suspeito de movimentar bilhões de reais para lavar o dinheiro de seus crimes, inclusive com uma moeda digital própria.

A empresa investigada é a Gana Gold, atual M.M.Gold, que lançou um token próprio no mercado, com apoio de uma grande corretora internacional. Contudo, a investigação apurou que esse lançamento não passou de fachada para um sofisticado esquema de lavagem de dinheiro, detectado pela primeira vez por autoridades brasileiras.

O esquema consistia em lançar um token supostamente lastreado em ouro sem fazer propaganda para não atrair muita atenção. Após isso, é possível que os próprios líderes do esquema compravam os tokens emitidos, simulando uma negociação e lavando assim os valores.

Ao sacar o valor em Real brasileiro, os líderes da organização declaravam a operação para a Receita Federal e pagavam impostos de ganho de capital, tornando o dinheiro legalizado para ser utilizado.

Essa investigação começou nos últimos anos, quando as atividades da empresa na mineração de ouro foram expostas, inclusive de invasões de terras indígenas.

Milhões em multa pelo Ibama

Extraindo mais ouro que o autorizado pela União, a empresa alvo da operação já recebeu milhões em multa pelo Ibama, segundo informações divulgadas pelo jornal Metrópoles.

Na apuração, a empresa recebeu 10 multas, mas ainda não efetuou o pagamento de nenhum dos autos de infração. Ou seja, órgãos de proteção ambiental no Brasil já estavam de olho nas atividades irregulares da empresa.

De acordo com a Folha de São Paulo, após a extração ilegal do ouro, este era “esquentado” com empresas de licença ambiental inválidas, extrapolando os limites que tinham autorização para funcionar.

Este é um amplo combate ao garimpo ilegal de ouro no Brasil, que retirou ouro de terras da União e de indígenas.

Receita Federal ajudou em Operação da PF que visa o combate da extração ilegal de ouro e lavagem de dinheiro com criptomoedas

Assim como a PF, vários outros órgãos da União ajudaram nas buscas pelos suspeitos e cumpriram mandados no dia. A Receita Federal do Brasil, por exemplo, disse que o grupo movimentou R$ 1 bilhão ilegalmente, visando exportar o recurso.

Além disso, para lavar esse dinheiro várias operações de criptomoedas foram realizadas para lavagem de dinheiro. Empresas de fachada, laranjas, entre outras atividades ilícitas foram feitas pela empresa para ocultar valores, de acordo com a RFB.

“O grupo econômico investigado ainda praticou atos de lavagem de capitais por meio de ocultação e dissimulação de valores através de empresas de “fachada/fictícia”, de pessoas físicas “laranjas”, de diversas operações envolvendo criptoativos, além de transações financeiras de altos valores (depósitos e saques em espécies), principalmente de forma fracionada, para burlar limites regulamentares ou operacionais.”

No dia da operação batizada Ganância, carteiras de criptomoedas foram apreendidas pelas autoridades, que deverão ser incluídas no processo como parte dos bens sequestrados pela União.

O Livecoins não conseguiu contato dos líderes da Gana Gold (M.M.Gold) para comentar sobre a operação, e o espaço segue em aberto para manifestação.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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