Viatura da Polícia Civil do Rio Grande do Sul cumprindo mandados da Operação Timeo e revólver apreendido (Divulgação/PCRS)
A Polícia Civil do Rio Grande do Sul (PC-RS) deflagrou a sétima fase da Operação Timeo na manhã da quarta-feira (4) e determinou, entre outras coisas, o bloqueio de R$ 100 mil em criptomoedas dos suspeitos envolvidos em crimes contra empresários na Região do Vale dos Sinos. Além disso, R$ 100 milhões em contas bancárias também são alvo da operação.
Ao todo foram cumpridas 51 ordens judiciais, nos Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.
A nova operação se por meio da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) de São Leopoldo, coordenada pelo delegado Ayrton Figueiredo Martins Junior.
Até a manhã desta quarta, três pessoas investigadas por crimes alvos da Operação Timeo já haviam sido presas. Além disso, várias munições, arma de fogo e um veículo já estão em posse das autoridades.
Os policiais cumpriram mandados de buscas e apreensões em 51 locais: São Leopoldo, Novo Hamburgo, Campo Bom, Caxias do Sul, Porto Alegre, Tramandaí, Dois Irmãos, Canoas e Itapema-SC.
Enquanto a operação se desdobrava nas localidades, a justiça havia determinado o bloqueio bancário de 28 investigados. Ao todo, os bancos devem bloquear R$ 10 milhões dos suspeitos, e as corretoras devem bloquear um total de R$ 100 mil criptomoedas.
A investigação que embasou a nova operação policial nos estados ao Sul do Brasil apontaram a existência de um grande esquema de lavagem de dinheiro. Os envolvidos com a prática, segundo a PC-RS, são figuras importantes do crime organizado, como líderes de uma organização criminosa que atua no Vale dos Sinos.
Segundo a polícia, eles praticavam estelionato contra vários donos de empresas, cobrando valores para liberar o funcionamento dos negócios.
Assim, ao detectar que um grupo de 43 pessoas recebeu valores envolvidos com o crime, de forma fracionada e acima de sua capacidade econômica, a PCRS encontrou indícios de “contas de passagem”.
Entre outras práticas para ocultar o origem e destino de valores, os criminosos compravam e vendiam veículos utilizando empresas de veículos. Com a passagem de valores do tráfico pelas empresas a investigação apurou a prática de lavagem de dinheiro.
Em abril de 2025, a Operação Timeo já havia atuado na apreensão de R$ 260 mil em criptomoedas, também em várias cidades gaúchas. Na ocasião, a autoridade já havia bloqueado mais de R$ 13 milhões.
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