Pagamentos com criptomoedas cresceram 65% neste ano

As criptomoedas estão ganhando cada vez mais a confiança dos consumidores. Prova disso é o aumento no número de pagamentos feitos com bitcoins e outras moedas digitais, como Tether, Litecoin e Bitcoin Cash.

Entre janeiro e julho deste ano, a quantidade de dinheiro enviado para as 16 maiores plataformas que permitem o pagamento com criptomoedas, como a BitPay, cresceu 65% na comparação com o mesmo período de 2018.

Os dados são da Chainalysis – startup que fornece análises sobre a tecnologia blockchain para instituições públicas e privadas – e foram publicados na quarta-feira (6) no site da Bloomberg.

Aumento contrasta com queda de 2018, segundo economista

Esse aumento substancial no uso de criptoativos para pagamento, segundo o economista sênior da Chainalysis, Kim Grauer, contrasta com o registrado no ano passado, quando a startup descobriu que o comércio com bitcoins estava em declínio.

“Isso sugere que há mais confiança geral em criptografia”, disse o economista ao portal de notícias.

Vale destacar que só o bitcoin foi responsável por 89% de todas as transações realizadas nos setes meses analisados pela startup. O restante ficou a cargo de algumas stablecoins, como o Tether.

Empresas estão dando um “empurrão”

Parte desse crescimento no número de pagamentos deve ser creditado às próprias empresas que fornecem soluções de pagamento com criptomoedas.

A Intercontinental Exchange Inc, por exemplo, vai começar a testar seu aplicativo para pagamento com “criptos” na Starbucks, maior cadeia de cafeterias do mundo, a partir de 2020.

Já a BitPay, que afirmou à Bloomberg movimentar mais de US$ 1 bilhão por ano, vai adicionar à plataforma de pagamento um suporte a novas criptomoedas, como o Bitcoin Cash, Ether e o XRP.

Transações são baixas quando comparadas ao comércio tradicional

Apesar do aumento significativo de pagamentos, as transações com criptomoedas ainda são baixas quando comparadas às “tradicionais”.

Segundo dados publicados na reportagem, enquanto os pagamentos com bitcoins e outras moedas giravam em torno de US$ 5,5 milhões por dia, em média, no mês de julho, a Starbucks registrava US$ 70 milhões em vendas diárias.

O pagamento com “criptos” seria afetado, ainda de acordo com a reportagem, por causa da demora na confirmação das transações feitas na rede bitcoin, que levaria cerca de uma hora, e pelo medo das pessoas em relação à volatilidade da moeda.

E no Brasil?

Para Diego Martins, presidente da ACCripto (Associação de Clientes de Corretoras, Usuários e Intermediários de Criptomoedas e Criptoativos), o pagamento com criptomoedas também vem crescendo Brasil.

Um dos indicativos, segundo ele, seria o aumento no número de empresas que oferecem soluções de pagamentos por meio de “criptos”, como a empresa Pague com Crypto, na qual ele é sócio.

Ainda de acordo com Martins, apesar de o pagamento com bitcoins estar aumentando no Brasil, a modalidade também é baixa quando comparada à forma tradicional.

“Mudar esse cenário seria uma questão de ensinar às pessoas a usar o bitcoin como uma moeda do dia a dia. Além disso, o mercado também precisaria mudar de posicionamento e começar a aceitar criptomoedas”, falou.

Muitos players, como postos de gasolina, restaurantes e companhias do varejo, segundo Martins, já aceitam criptomoedas, mais o cenário ainda é incipiente.

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Lucas Gabriel Marins
Lucas Gabriel Marins
Jornalista desde 2010. Escreve para Livecoins e UOL. Já foi repórter da Gazeta do Povo e da Agência Estadual de Notícias (AEN).

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