Passaporte Veicular Digital inaugura a era da tokenização automotiva no Brasil

Vetrii, HOUS3 e Tanssi Network unem forças para criar o projeto piloto da primeira plataforma nacional baseada em blockchain capaz de integrar todo o ecossistema veicular com segurança e interoperabilidade

O atual bear market pode assustar quem ainda enxerga o universo cripto apenas pelas oscilações das criptomoedas. Mas, nos bastidores, um ecossistema trilionário de DeFi (finanças descentralizadas) avança em ritmo acelerado, impulsionado pela evolução das tecnologias blockchain. Segundo um relatório do Boston Consulting Group (BCG), em parceria com a exchange ADDX, de Singapura, a tokenização de ativos on-chain deve ganhar tanta força que pode representar até 10% do PIB global até 2030 — algo em torno de US$ 16,1 trilhões. Trata-se de um movimento silencioso, porém transformador, que está redesenhando mercados inteiros.

Essa transformação digital já é realidade em diversos setores como financeiro/capitais, imobiliário, artes e colecionáveis, agronegócio e créditos de carbono, entre outros, inclusive no Brasil. Agora o segmento de tokenização nacional acaba de ganhar um novo capítulo que será escrito pelo mercado automotivo brasileiro impulsionado pelo o Passaporte Veicular Digital – plataforma que promete revolucionar a forma como veículos são registrados, transferidos e gerenciados ao longo de toda sua vida útil.

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Construído a partir da tecnologia blockchain e por meio da parceria entre Vetrii, Hous3 e Tanssi, o projeto piloto do Passaporte Veicular Digital permitirá a tokenização de veículos, criando registros imutáveis que reunirão todas as informações relevantes sobre cada automóvel — desde revisões, seguros e financiamentos até histórico de propriedade e dados de órgãos públicos. A solução nasce focada em interoperabilidade, mirando integrar os diversos agentes do ecossistema automotivo brasileiro, incluindo órgãos de trânsito, seguradoras, montadoras, bancos e proprietários.

A HOUS3 contribui com o desenho da arquitetura, a concepção e o desenvolvimento de software da plataforma. “Esse projeto materializa o encontro entre a inovação tecnológica, o empreendedorismo e o investimento estratégico. Desse modo, conseguimos criar um ecossistema sólido, pronto para atrair o interesse de órgãos públicos e transformar a infraestrutura digital do setor automotivo”, destaca Evelyn Abreu, CCO da HOUS3.

Tecnologia por trás da inovação

Na operação, para ter um veículo tokenizado onchain, é necessária a criação de uma representação digital do veículo oficializado por uma instituição/autoridade. O Passaporte Veicular Digital será disponibilizado ao ecossistema por meio de um link das instituições emissoras ou outras fontes, garantindo a integração com o sistema como um todo.

“Hoje, as informações do ecossistema automotivo são dispersas e desconectadas. O Passaporte Veicular Digital resolve isso criando um sistema unificado, confiável e acessível a todos os envolvidos. A plataforma devolve ao proprietário o verdadeiro direito sobre seu veículo, garantindo mais segurança, rastreabilidade e processos muito mais rápidos, explica André Giroldo, CPO da Vetrii.

Benefícios para o ecossistema automotivo brasileiro

Com o Passaporte Veicular Digital, para o ecossistema automotivo, os principais benefícios são rastreabilidade de informação de manutenções, revisões e até mesmo de peças, que estão sendo discutidos com a Associação de Engenharia Automotiva (AEA). Já os proprietários, em um segundo momento, terão acesso a funcionalidades inéditas como transferências de propriedade mais rápidas e totalmente digitais, menor exposição a fraudes, redução de custos informais e documentação unificada e permanente do veículo.

O projeto se encontra em fase piloto e, em breve, serão emitidos 1000 passaportes via Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) para serem utilizados pelo Detran-PR. A expectativa é que, após essa fase de desenvolvimento, a implementação do Passaporte Veicular Digital, possa ser expandida e usada por outros DETRANs e instituições em todo o país.

“O setor automotivo precisava de uma base digital compartilhada onde instituições pudessem interoperar com confiança”, afirma Luís Fernando Dal Porto, Diretor de Desenvolvimento de Negócios na Tanssi Foundation. “Uma blockchain soberana entrega exatamente isso. No Passaporte Veicular Digital, a Tanssi fornece a camada de execução onde os registros se tornam verificáveis, imutáveis e padronizados. Isso permite que a Vetrii e a HOUS3 construam a lógica que unifica dados antes espalhados por sistemas desconectados, viabilizando interações seguras e interoperáveis em todo o ecossistema”.

Futuro da governança automotiva

Com a aceleração dos processos de digitalização na mobilidade, o Passaporte Veicular Digital caminha para se tornar uma plataforma importante nos processos de governança automotiva nacional.

“O Passaporte Veicular Digital fará com que os veículos passem a ter uma identidade digital própria, com histórico íntegro, rastreável e protegido por blockchain. Estamos construindo o futuro da governança automotiva no Brasil”, ressalta Giroldo.

A HOUS3 é uma tech company brasileira fundada em 2024 que atua no modelo Tech-as-a-Service, oferecendo squads multidisciplinares sob demanda para empresas que precisam escalar soluções digitais com agilidade, segurança e ROI comprovado. Com foco em inteligência artificial, blockchain, arquitetura escalável e produto digital, a empresa já atendeu mais de 15 clientes no Brasil e no exterior, consolidando-se como referência em TaaS.

A Vetrii é uma startup brasileira fundada em 2024 por especialistas com mais de 20 anos de experiência em tecnologia — sendo 19 dedicados ao setor automotivo. A empresa nasceu para resolver um dos maiores problemas do mercado: a falta de transparência e rastreabilidade no ciclo de vida do setor automotivo. Com tecnologia blockchain, a Vetrii transforma chassis, baterias elétricas e peças em ativos digitais (RWA), criando passaportes digitais completos que registram, de forma imutável, histórico de manutenção, vistorias, peças, sinistros e eventos críticos desde a saída da montadora até cada troca de proprietário e registro de fim de vida dos veículos e suas peças.

Tanssi é uma plataforma de infraestrutura blockchain que permite que organizações implantem suas próprias redes dedicadas em tempo recorde, com segurança em nível Ethereum. Em vez de lidar com a complexidade operacional de blockchains, as equipes contam com a infraestrutura automatizada e escalável da Tanssi para executar aplicações com transparência, confiabilidade e total controle sobre seus dados e lógica de execução. A Tanssi já vem sendo adotada em setores como tokenização de ativos do mundo real, finanças descentralizadas e games.

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Bruno Costa
Bruno Costahttps://bruno-costa.com
Bruno Costa ingressou no jornalismo cripto quando o DeFi ainda era um experimento de nicho e, desde então, tornou-se uma das principais vozes brasileiras na cobertura de finanças descentralizadas e ativos digitais. Atualmente atua como Senior Content Manager na Starkware.co, uma empresa de PR e marketing focada em DeFi, NFTs e crescimento de comunidades Web3. Seu trabalho frequentemente explora como as economias de tokens podem impulsionar a inclusão financeira no país, conectando a adoção de blockchain à realidade local. Ele é Certified Bitcoin Professional (CBP), credenciado pelo CryptoCurrency Certification Consortium (C4). Graduado em Jornalismo pela Universidade Europeia, Bruno aprofundou sua expertise com formações como o curso DAO Fundamentals (EDU Trainings) e o Web3 Solidity Bootcamp (Metana). Sua cobertura inclui adoção de DeFi em mercados emergentes, cultura NFT na América Latina e análises de UX em aplicações descentralizadas. Entre suas principais competências estão reportagem investigativa, análise do mercado cripto, construção de narrativa e estratégia de conteúdo. No Brasil, o público o conhece por portais como Cointimes.com.br, onde é colaborador regular, além de suas reportagens investigativas que revelaram golpes no setor DeFi. Uma de suas séries chegou a contribuir para alertas regulatórios e maior fiscalização por parte da CVM. Seu guia sobre stablecoins alcançou mais de 50 mil leitores e foi referenciado por três grupos acadêmicos de pesquisa, enquanto sua consultoria para uma carteira DeFi ajudou a redesenhar o conteúdo de onboarding e atraiu mais de 10 mil novos usuários. Bruno já foi citado pelo Valor Econômico, fez coberturas presenciais na São Paulo NFT Expo e no Rio Blockchain Meetup, e participou de grandes eventos como a SP Tech Week e a Blockchain Conference Brasil, onde discutiu temas sobre regulação do DeFi, UX e inovação. Curioso e criativo, com um forte foco em conectar tecnologia e cultura, ele costuma lembrar colegas e leitores de que “Journalism should empower readers with clarity in a world full of crypto hype and misinformation.” Disclaimer: Todo o conteúdo aqui apresentado diz respeito a temas de criptomoedas, blockchain e Web3 e possui caráter exclusivamente informativo e educacional. Não constitui aconselhamento financeiro, de investimento ou jurídico. As análises refletem a experiência e a pesquisa pessoal do autor. O nome do autor é utilizado como pseudônimo. Sempre faça sua própria pesquisa (DYOR) antes de tomar decisões no ecossistema cripto.
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