A Polícia Federal do Brasil segue buscando por mais informações sobre a Braiscompany. Assim, a PF lançou um novo formulário para que clientes da empresa possam colaborar com as investigações, fornecendo detalhes sobre como o esquema funcionava.
Como a Braiscompany não convencia os clientes diretamente, mas apenas com a ação de brokers e gerentes, estes também estão na mira das autoridades.
Além disso, a PF também quer saber outros detalhes e experiências sobre a atuação do negócio, que podem elucidar melhor o caso.
Clientes podem ajudar PF a entender o golpe da Braiscompany e entregar brokers ao preencher formulário
O novo formulário divulgado pela Polícia Federal da Paraíba promete sigilo a todos os clientes que participarem das denúncias.
Inicialmente, eles devem fornecer dados pessoais, como CPF, RG, nome completo, e desde quando se tornaram clientes da Braiscompany.
A PF também quer saber quanto os clientes aportaram na possível pirâmide financeira, além de qual a soma do prejuízo com o negócio. Chama atenção que os investigadores querem saber até se a Braiscompany ajudou seus clientes a abrirem contas em corretoras de criptomoedas do Brasil, citando como exemplo a Binance e Mercado Bitcoin.
Caso os clientes tenham realizado transferências para a Braiscompany, a PF espera conhecer quais são os endereços da empresa. Ou seja, é possível que empresas que rastreiam a blockchain já estejam ajudando nas investigações, em busca de conhecer os saldos dos líderes do negócio.
Por fim, a PF pede que os clientes ainda indiquem quais foram os brokers responsáveis pela intermediação dos negócios.
O formulário disponibilizado pela PF está em um Microsoft Forms público, que pode ser acessado por clientes da empresa alvo da Operação Halving.
PF segue na busca de foragidos
Foragidos, os principais sócios da Braiscompany desapareceram do Brasil antes das investigações. Fontes da própria rede social de Antônio Neto mostraram sua localização na Argentina, mas depois da operação da PF ele desabilitou a opção de sua conta.
Assim, a PF segue na busca dele e de sua esposa, Fabrícia Ais, que seguem em local desconhecido e com mandados de prisão em aberto.
Antes de fugirem, ele atrasaram os saques desde dezembro de 2022, deixando um rastro de prejuízos na Paraíba e em todo o Brasil. Com promessas de até 8% ao mês, o caso envolve mais uma possível pirâmide a utilizar a imagem das criptomoedas no Brasil.