A Polícia Federal (PF) anunciou a prisão de um membro do grupo hacker Lapsus, que ficou conhecido no Brasil após um ataque aos sistemas do Ministério da Saúde. O grupo pedia um pagamento em criptomoedas para liberar os sistemas.
Em dezembro de 2021, o grupo assumiu o ataque ao Conecte SUS e disse que não pararia por aí, com intenção de apenas lucrar com suas atividades, disseram em nota pública por um canal do Telegram.
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Depois desse ataque as empresas Claro, NET, Embratel e até a mundial Nvidia foram alvos do grupo.
Em março, a PF começou a investigar um brasileiro adolescente de 16 anos pelos crimes, sendo ele o principal suspeito das ações contra empresas e órgãos públicos.
PF prende hacker suspeito de integrar grupo Lapsus no Brasil
Além de vazamentos de dados e ransomwares, o modo de atuação do Grupo Lapsus chamou atenção pelo fato de ele conversar com seus “fãs”, criando até um grupo no Telegram para divulgar o sucesso de suas incursões em sistemas de alvos.
Mas a Polícia Federal prendeu, nesta quarta-feira (19/10), em Feira de Santana (BA), o principal suspeito de integrar a organização criminosa transnacional denominada LAPSUS GROUP.
De acordo com informações obtidas pelo Livecoins, essa diligência é um desdobramento da Operação Dark Cloud, deflagrada em agosto de 2022 e que apreendeu R$ 3 milhões em criptomoedas de um suspeito na Paraíba.
O objetivo da operação era coletar informações para um inquérito que apura uma atividade de organização internacional criminosa, que tem como foco promover ataques cibernéticos. O auge dos crimes foi no final de 2021, quando vários órgãos do Governo Federal no Brasil foram alvos.
Lapsus
O Lapsus Group foi um grupo hacker que concentrou seus esforços na invasão de dispositivos eletrônicos de empresas públicas e privadas, mas em 2022 viu suas operações diminuírem publicamente.
Esse grupo também é responsável por invadir sistemas da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, da Localiza Rent a Car, além de diversos outros na América do Sul, Estados Unidos e Europa, abrangendo a Sociedade Independente de comunicação, canal televisivo privado em Portugal, o grupo Impresa, Electronic Art, Globant, Microsoft Azure, Nvidia, dentre outras.
A PF, que prendeu mais um hacker suspeito do Lapsus, apura os crimes de organização criminosa, invasão de dispositivos, interrupção de serviços telegráficos, radiotralegráficos e telefônicos, além de impedir seu restabelecimento.
Outros crimes detectados foram as práticas de corrupção de menores, que segue sendo apurada pelos agentes, assim como a lavagem de dinheiro.