GAECO cumpre mandados contra pirâmide de Bitcoin que tinha Ronaldinho Gaúcho como garoto propaganda

Ministério Público de Minas Gerais é o responsável pela investigação contra empresa acusada de desviar R$ 100 milhões de investidores.

Mais um crime de pirâmide financeira envolvendo a imagem do Bitcoin recebeu atenção por parte das autoridades policiais, com o GAECO de Santa Catarina cumprindo novos mandados de busca e apreensão.

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) catarinense cumpriu na última terça-feira (22) a ordens judiciais do Ministério Público de Minas Gerais em Florianópolis.

A ação, que faz parte da segunda fase da operação “Black Monday”, busca investigar um crime que lesou pelo menos 1.500 brasileiros.

O ex-jogador Ronaldinho Gaúcho, pentacampeão com a seleção brasileira, era um garoto propaganda do esquema investigado pelas autoridades.

GAECO catarinense cumpre novos mandados contra pirâmide de Bitcoin

Sem conhecer detalhes sobre a investigação, o GAECO catarinense foi as ruas na manhã da última terça, com três grupos regionais. Segundo informações do MPSC, “o GAECO é uma força-tarefa composta pelo Ministério Público de Santa Catarina, pelas Polícias Militar, Civil e Rodoviária Federal e pela Secretaria da Fazenda estadual“.

A pedido do Ministério Público de Minas Gerais, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão na capital de Santa Catarina, Florianópolis. Além disso, foram cumpridos dois mandados de prisão temporária contra os suspeitos de participar de um sofisticado esquema criminoso de fraude financeira.

“Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos, principalmente, em dois escritórios, que, de acordo com as investigações, atuavam na captação de vítimas das falsas corretoras Kiplar e Vlom por intermédio dos sites ‘Lucro Inteligente’ e ‘Central do Lucro’.”

Na primeira fase da operação Black Monday, a investigação já havia detectado que a quadrilha usava os sites “Aprenda Investindo” e “Investing Brasil” para captar vítimas.

Contudo, da capital catarinense, funcionava escritórios de telemarketing, que trabalhavam também para captar clientes para o golpe, sendo um braço da pirâmide.

Para justificar suas atividades, a empresa criava sites falsos que simulavam educação financeira, seja em criptomoedas, moedas estrangeiras, forex, entre outros mais. Ao contratar o serviço pelo site, as vítimas eram levadas a “consultores financeiros” que convertiam os aportes em Bitcoin imediatamente.

Os presos na segunda fase da operação já foram encaminhados para o presídio local. Ao todo, 21 pessoas já receberam denúncias e são investigadas pelo MPMG.

Criminosos podem ter tentado obstruir investigações

Durante a primeira fase da Black Monday, várias pessoas foram presas em vários estados do Brasil. No entanto, as autoridades brasileiras acreditam que alguns investigados podem ter tentado obstruir a investigação, crime que está sendo apurado.

“Os crimes apurados até o momento são de organização criminosa, crimes contra a economia popular e contra as relações de consumo e lavagem de valores. Também será apurado o crime de obstrução à investigação de organização criminosa.”

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), que comanda as investigações em conjunto com a Polícia Militar do mesmo estado, apurou que a fraude pode ter causado danos de R$ 100 milhões, em 1.500 pessoas.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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