PL das stablecoins avança na Câmara e terá relatoria de Lucas Ramos, deputado federal do PSB

A forma como o Brasil tratará as stablecoins terá impacto direto no uso de moedas digitais em pagamentos, investimentos e transferências internacionais. Um marco legal claro pode transformar o país em referência na América Latina.

A regulação das stablecoins no Brasil entrou de vez no radar do Congresso Nacional com a apresentação do Projeto de Lei 4308/2024.

A proposta, que avança na definição de regras para emissão e operação dessas moedas digitais atreladas a moedas fiduciárias, tem ganhado atenção da comunidade cripto, do mercado financeiro e de reguladores.

Mas poucos sabem quem é o parlamentar que será responsável por relatar essa proposta na Comissão de Ciência, Tecnologia e Inovação (CCTI) da Câmara dos Deputados. Seu nome é Lucas Ramos, deputado federal pelo PSB de Pernambuco, e sua atuação pode moldar de forma definitiva o futuro das stablecoins no Brasil.

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Quem é Lucas Ramos?

Natural do Recife, nascido em 1986, Lucas Ramos é administrador público de formação, com passagem pelo setor privado e pela área de comunicação antes de entrar na política.

Foi deputado estadual em Pernambuco por dois mandatos e também atuou como secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, onde liderou políticas públicas voltadas à inovação, startups e transformação digital.

Em 2022, foi eleito deputado federal. Atualmente, ocupa a vice-presidência da CCTI. Embora não tenha um histórico diretamente ligado ao setor cripto, seu perfil técnico e seu envolvimento com temas de inovação o colocaram como uma escolha estratégica para relatar o PL 4308/2024.

O que diz o PL das stablecoins?

O texto original do projeto propõe regras robustas para o funcionamento de emissores de stablecoins no Brasil, com foco especial nas moedas atreladas ao dólar e outras moedas estrangeiras. Entre os principais pontos:

  • Apenas instituições com autorização do Banco Central para operar câmbio poderão emitir stablecoins pareadas em moedas estrangeiras;
  • Obrigatoriedade de lastro 100% em ativos líquidos e vedação ao uso de derivativos como garantia;
  • Relatórios mensais públicos e auditorias trimestrais por empresas registradas na CVM;
  • Exigência de transparência sobre os rendimentos obtidos com as reservas das stablecoins;
  • Obrigações de cibersegurança, prevenção à lavagem de dinheiro e integração com normas do Banco Central.
  • O projeto busca trazer segurança jurídica e estabilidade ao mercado, mas já levanta debates importantes.

Ponto de atenção da comunidade cripto

Entre os pontos mais sensíveis para o ecossistema estão:

  • A exigência de que apenas instituições autorizadas no câmbio possam emitir stablecoins internacionais, o que pode restringir a atuação de startups e projetos puramente digitais;
  • A vedação ao uso de instrumentos de hedge como parte do lastro;
  • Os custos de auditorias frequentes e obrigatórias;
  • A ausência de menção direta à autocustódia, tema caro para usuários que prezam pela soberania sobre seus ativos digitais.

Lucas Ramos será o responsável por equilibrar as expectativas do setor com as exigências de segurança e estabilidade regulatória.

Por que esse debate importa?

A forma como o Brasil tratará as stablecoins terá impacto direto no uso de moedas digitais em pagamentos, investimentos e transferências internacionais. Um marco legal claro pode transformar o país em referência na América Latina. Um texto mal calibrado, por outro lado, pode afastar inovação e investimento.

O mercado aguarda agora as audiências públicas e, principalmente, o parecer do relator. É fundamental que a comunidade cripto se organize para apresentar suas sugestões, dialogar com o Congresso e acompanhar cada etapa da tramitação.

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Andreoni Camargo
Andreoni Camargo
Andreoni Camargo é estrategista político, consultor de comunicação e defensor da liberdade financeira através do mercado cripto. Com anos de atuação direta nas campanhas eleitorais e nos bastidores do poder em Brasília, desenvolveu uma visão estratégica única sobre como decisões políticas impactam o futuro da economia digital. Apaixonado pela inovação e descentralização, Andreoni se tornou uma das vozes mais atuantes na defesa do ecossistema cripto dentro do ambiente político brasileiro, construindo pontes entre o setor e o legislativo. Acredita que os ativos digitais representam não apenas uma revolução financeira, mas também uma oportunidade concreta de empoderamento individual frente ao sistema tradicional. Atualmente, dedica-se à educação, articulação institucional e criação de conteúdo sobre criptoativos, aliando sua bagagem em marketing político à missão de fortalecer a regulação inteligente e o desenvolvimento saudável do mercado no Brasil.
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