A Polícia Federal no Brasil apreendeu uma carteira de criptomoedas Ledger durante uma operação que buscava suspeitos de cometer fraudes pela internet.
Deflagrada pela PF em Tocantins, a “Operação Scelerum Fructus” ocorreu logo pela manhã. O nome significa “frutos do crime” em latim.
A comunicação social da Polícia Federal informou, em nota, que o objetivo da ação era desarticular uma organização criminosa que tem atuado pela internet.
Polícia Federal apreende carteira de criptomoedas da marca Ledger em ação
Para cometer os crimes, os suspeitos praticavam ações de estelionato virtual com suas vítimas. Além disso, o furto mediante fraude era outra prática comum do grupo.
A PF não informou quantas vítimas foram alvo do grupo, nem quando as investigações começaram.
Contudo, as ações criminosas dos integrantes começaram ainda em 2018. A prática de furtos em valores de contas bancárias acabou sendo uma das atuações da quadrilha.
Além de roubar contas, os suspeitos compravam na internet com cartões de terceiros, roubavam valores do auxílio emergencial, vendiam produtos inexistentes em sites clonados e se apropriavam de valores de FGTS de vítimas.
Com os recursos roubados, a Polícia Federal identificou que o grupo realizava investimentos em diversos setores. Além de adquirir imóveis de alto padrão e caminhões, o grupo patrocinou viagens a Dubai e Cancun para seus membros.
A investigação ainda localizou indícios de que pelo menos R$ 800 mil em criptomoedas verificaram-se comprados pelos criminosos. Não está claro se a quantia foi apreendida pela PF, que não informou quanto tinha na carteira Ledger sequestrada na operação.
Em seis estados, 46 agentes da PF cumpriram mandados contra suspeitos
As buscas contra os criminosos mobilizaram 46 agentes da PF, em seis estados brasileiros. Os municípios alvos da ação eram Palmas (TO), Atibaia, Tatuí e Mogi das Cruzes (SP), Vitória da Conquista (BA), Areai Branca (RN), Goiânia (GO) e Pelotas (RS).
Durante o cumprimento da Operação Scelerum Fructus, a PF cumpriu 11 mandados de busca e apreensão contra os suspeitos, assim como 5 mandados de prisão preventiva. Além disso, a 4.ª Vara Federal de Palmas-TO expediu outros 8 mandados de sequestro de bens.
Com as buscas, a PF espera elucidar melhor o caso das fraudes pela internet e concluir as investigações. Caso mais suspeitos sejam encontrados, podem ocorrer novas operações contra outros alvos.
Por fim, todos os presos agora devem responder pelos crimes de associação criminosa, furto mediante fraude, lavagem de dinheiro e estelionato. Somadas, as penas podem ultrapassar os 20 anos de prisão para os suspeitos.