A Polícia Civil de Goiás, com apoio da Polícia Militar em Caldas Novas, prendeu nesta quinta-feira (14) um hacker que cobrou 20 mil reais em Bitcoin de um cartório de Trindade (GO).
De acordo com as investigações, o cibercriminoso que atuava pela internet praticava os crimes de extorsão e invasão de dispositivos informáticos. O nome do suspeito não foi divulgado pela PCGO, nem qual cartório passou por problemas com a invasão.
A operação ocorreu por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos (DERCC).
Ataque ransomware contra cartório passa por investigação e suspeito foi preso pela Polícia Civil de Goiás
Consta na investigação da PCGO que um cartório do município de Trindade sofreu uma invasão de seus sistemas, por meio de um ataque de ransomware.
Tal modalidade de ataque cibernético ocorre quando um arquivo infectado com malwares é baixado em um dispositivo, que rapidamente trava o acesso dos sistemas das vítimas. Além disso, alguns malwares mais sofisticados conseguem se espalhar pelas redes de empresas e governos, rapidamente assumindo o controle de vários dispositivos.
Por meio desse ataque hacker, o autor criptografou todo o sistema de um cartório em Trindade. A cidade é conhecida por seus cultos católicos ao Divino Pai Eterno, e recebe anualmente várias caravanas de religiosos devotos.
Após a invasão, o hacker exigiu o valor de R$ 20 mil em Bitcoin para a devolução dos referidos dados. A polícia civil não divulgou se houve algum pagamento de resgate ao criminoso.
Por meio de técnicas investigativas, a DERCC chegou à autoria do delito. O investigado possui anotações criminais pelos crimes de roubo e furto.
Ransomwares causam danos em vários países e estão na mira das autoridades
Os ransomwares são os principais ataques pela internet hoje a paralisar grandes operações, inclusive de empresas grandes e órgãos governamentais.
Nos EUA, por exemplo, o presidente Joe Biden reforçou em agosto de 2023 que uma força-tarefa deve investigar tais crimes, em busca de prevenir ataques e danos a sistemas.
Alguns ransomwares infectam hospitais, unidades de saúde e podem causar danos diretos a vidas humanas, o que preocupa ainda mais a sua atuação. No Brasil, por exemplo, a Prefeitura do Rio foi alvo deste tipo de ataque em meio a pandemia da Covid-19, afetando unidades de saúde.
Com os crescentes danos, autoridades ampliaram a capacitação em rastrear os criminosos envolvidos com tais ataques, assim como de criptomoedas. Isso porque, ao receber valores como resgate, hackers podem depositar valores em corretoras e os investigadores já conseguem assim descobrir suas identidades.
A Polícia Civil de Goiás não revelou como rastreou o hacker de Caldas Novas, mas ele agora deverá responder pelos seus crimes.