Por que o Bitcoin caiu para os US$ 20.000?

O Bitcoin já registra queda mensal de 13,5% nos primeiros nove dias deste mês de março. Após perder a região dos US$ 23.000 na sexta-feira passada (3), a maior criptomoeda do mercado desabou novamente, chegando a ser negociada por US$ 20.000 na noite desta quinta-feira (9).

Após os touros perderem a batalha na região dos US$ 25.000 em meados de fevereiro, diversas notícias abalaram o mercado nos últimos dias. Em ordem cronológica, estes foram os eventos que empurram o Bitcoin para os US$ 20.000.

Qual destas foi a pior notícia para o Bitcoin?

Dado que o Bitcoin tem sofrido com o aumento da taxa de juros americana desde que o Fed começou a intervir no mercado, as falas de Jerome Powell parecem ser o maior problema para os touros.

Enquanto o mercado esperava um aumento de 0,25%, o presidente do Fed sinalizou que pode aumentar as taxas em até 0,5%. Para piorar, Powell também afirmou que elas devem permanecer altas por um longo período.

Além do Bitcoin, ativos negociados em bolsa, como o S&P 500, também reagiram mal a notícia e registraram queda.

Outra notícia que derrubou o Bitcoin para os US$ 20.000

A segunda pior notícia é a quebra do Silvergate. Após iniciar o mês com baixa de 45%, agora as ações do banco já registram perda de 80% após seu anúncio de liquidação voluntária.

O primeiro problema já pode ser sentido de imediato. Conforme o Silvergate era parceiro de grandes corretoras, agora essas empresas precisam procurar por bancos ainda piores, gerando mais riscos aos investidores.

Seguindo, a quebra do Silvergate não só deve como já está sendo usada como um exemplo a não ser seguido por outros bancos. Ou seja, agora as criptomoedas estão mais distantes do setor financeiro tradicional, com menos exposição.

‘Fantasma da Mt. Gox’ encontra o ‘Fantasma da Silk Road’

Por fim, dois eventos de 10 anos atrás, quando o Bitcoin ainda valia migalhas quando comparado a hoje, voltaram a assombrar o mercado nesta semana.

O primeiro e maior deles é o fantasma da Mt. Gox. Falida desde 2014 após um dos maiores hacks da história, a corretora conseguiu salvar cerca de 144.00 bitcoins. Agora, nove anos depois, estas moedas devem voltar para o mercado e investidores esperam que isso crie uma grande pressão vendedora.

Outro evento é o hack da Silk Road, um mercado ilegal fechado pelo FBI em 2013. Em novembro de 2021, o governo americano conseguiu confiscar cerca de 50.000 bitcoins ligados a este hack.

Em suma, conforme o criador da Silk Road está preso, tais moedas pertencem aos EUA e devem ser leiloadas. No entanto, uma movimentação de 9.861 bitcoins (R$ 1,13 bilhão) do próprio governo para uma carteira da Coinbase deixou investidores com medo que elas sejam vendidas no mercado aberto.

A cereja do bolo

Completando, a carta enviada por senadores americanos aos executivos da Binance também pôs pressão no mercado. Afinal, hoje a corretora de Changpeng Zhao é disparadamente a maior do mundo e qualquer problema afetaria tanto o Bitcoin quanto todas outras criptomoedas.

No entanto, por não ser a primeira e nem a última vez que essa pressão ocorre, isso não teve tanto impacto quanto as notícias anteriores.

O mesmo pode ser dito sobre Elon Musk. Afinal, quando o bilionário falava sobre criptomoedas, era sobre a Dogecoin e isso não ajudava em nada, pelo contrário.

Finalizando, as falas de Michael Barr, vice-presidente do Fed, merecem um pouco mais de atenção. Nesta quinta-feira (9), Barr prometeu maior supervisão sobre as stablecoins. Isso deve afetar todo o mercado já que elas são responsáveis pelo maior volume de negociações em corretoras.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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