Povos indígenas lançam criptomoeda para arrecadar recursos

Duas tribos são antigas rivais, mas se uniram para lançamento de inovação que deverá beneficiar sua população.

Duas tribos de povos indígenas lançaram uma criptomoeda para arrecadar recursos no Brasil. O lançamento oficial da nova moeda digital será feito em um evento nessa quarta-feira (11).

O projeto de lançar a criptomoeda Oyxabaten deverá beneficiar a população das tribos. Uma delas tem sede no estado do Mato Grosso e a outra no estado de Rondônia.

As comunidades que serão afetadas são dos povos Cintas-Largas e Surui Paiter. O nome da moeda carrega o sobrenome do idealizador do projeto, Elias Oyxabaten Surui.

Antigos rivais, os dois povos indígenas se unem para o lançamento e para ajudar a combater os problemas que enfrentam em comum.

Povos indígenas lançam uma criptomoeda que deverá impactar pelo menos 4 mil pessoas

Em meio a pandemia da COVID-19, a população brasileira vive uma onda de desemprego. Com isso, a falta de dinheiro de parte da população, aliada a um aumento na inflação, leva famílias a procurar alternativas.

Esse problema, comum nas cidades, também alcança os povos indígenas brasileiros. As tribos dos povos Cintas-Largas e Surui Paiter, com localização nos estados de Mato Grosso e Rondônia, são algumas das afetadas.

No entanto, Elias Oyxabaten Surui resolveu ajudar as tribos da qual faz parte, com a tecnologia. De acordo com o Cantarino Brasileiro, a ideia partiu de Elias, que além de ajudar os povos a se financiarem quer unir as tribos.

Dessa forma, durante o evento Blockchain Connect 2020, que acontece online nesta quarta-feira, será lançada a criptomoeda Oyxabaten (OYX). Segundo o resumo da apresentação do evento, o projeto busca criar uma renda mínima para cerca de 4 mil pessoas que vivem nas tribos.

“Os recursos gerados pelo ativo digital serão destinados a construir e manter projetos nas regiões onde vivem os indígenas, nos estados de Rondônia e Mato Grosso. A ideia é garantir uma renda mínima, segurança alimentar e integração das aldeias criando um efeito de união entre elas, criando uma estrutura que possibilite o desenvolvimento de outros projetos na região”, descrição da Oyxabaten no evento desta quarta

Tribos buscam financiamento contra cinco problemas graves que assolam povoados

Os povos indígenas lançam a criptomoeda em meio a uma luta contra pelo menos cinco problemas que assolam esses povoados. Seriam eles a fome, a COVID-19, o garimpo ilegal, desmatamento e o agronegócio.

Apesar de as duas tribos serem rivais históricas, os problemas atuais é um motivo para unir os povos. A crítica do idealizador da criptomoeda é principalmente contra o governo de Jair Bolsonaro atualmente.

De acordo com Elias, em entrevista ao Cantarino Brasileiro, o governo abandonou os índios a própria sorte. Dessa forma, a blockchain será a arma dos índios para sobreviver, fazendo uma “guerra sem derramar sangue“, aponta Elias.

O idealizador do projeto acredita que o lançamento da criptomoeda OYX nesta quarta dará um alívio aos povos indígenas. Além disso, permitirá o investimento em plataformas para venda de artesanatos, pela internet. Ou seja, deverá gerar renda e ajudar a melhorar a infraestrutura dos povoados.

Cabe o destaque que a FUNAI cancelou um contrato que iria criar criptomoedas para os índios. A criação desta moeda chegou a ser alvo de críticas públicas do presidente Jair Bolsonaro, que apontou que o uso de R$ 45 milhões de recursos públicos para o projeto era desnecessário.

Mesmo sem apoio do governo, e da FUNAI, os índios resolveram correr atrás e inovar. Com a tecnologia das criptomoedas, o projeto pretende criar então a Moeda Mundial Indígena Transcultural, a OYX.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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