O preço do Bitcoin tem sido considerado estável, com queda na volatilidade, em um cenário que pode ser bom para as altcoins. Com menos incerteza sobre o preço da moeda digital, as criptomoedas alternativas devem ganhar mais espaço.
De fato, a dominância do Bitcoin ultrapassou novamente a marca de 65% do criptomercado. Dessa forma, as criptomoedas alternativas, que são mais que 6 mil atualmente, detém apenas 35% de market cap.
Apesar da pressão do Bitcoin sobre as altcoins, um momento de pausa do bitcoin para relaxar pode ajudar os traders a se arriscar em operações. A Ripple (XRP), por exemplo, já valoriza 8% em menos de 24 horas, mostrando que há espaço para trades em pares de altcoins.
Cenário de curto prazo é promissor, mas preço do Bitcoin não recuperou de queda marcante
O Bitcoin é a maior moeda digital do mundo, porém, não é a única no campo das moedas que utilizam criptografia. No mercado de criptomoedas, mais que seis mil moedas já foram criadas, muitas com valor insignificante.
Mesmo com inúmeras concorrentes, o Bitcoin mantém sua dominância neste mercado, atualmente, acima de 65%. Ou seja, para o restante das moedas, as chamadas altcoins, fica um pequeno mercado, extremamente disputado.
O problema principal para as altcoins é certamente os períodos de extrema volatilidade do Bitcoin. Isso porque, com o rei das moedas oscilando, traders eventualmente encerram suas posições em altcoins.
Contudo, nos últimos quatro dias, o Bitcoin tem se comportado em uma região de preços. De fato, a zona de preço do Bitcoin em U$ 6700 tem sido considerada mais estável nos últimos dias.
De acordo com o índice de volatilidade do Bitcoin apurado pela BitMEX, a métrica tem tido queda. A queda na volatilidade do Bitcoin começou no último dia 19, acirrando no dia 20 e continuou a registrar baixa. No dia 27 de março, a volatilidade do Bitcoin continua caindo.
Com preço mais estável e queda na volatilidade, altcoins performam melhor que Bitcoin
Se o cenário do Bitcoin está estável, o momento foi de brilho para algumas altcoins nas últimas duas semanas. Enquanto o Bitcoin ganhou mais que 29% de valor em 14 dias, alternativas foram além.
Das onze maiores criptomoedas do mercado, o destaque ficou para o token OKB, da corretora OKEX. A corretora ultrapassou a BitMEX em volume nos últimos dias, com seu token registrando alta de 65% em 14 dias.
Além disso, as moedas que surgiram a partir do código do Bitcoin também registraram bons momentos. No caso, o Bitcoin Cash (BCH) aumentou de valor 51% em catorze dias. Já o Bitcoin SV (BSV) registrou um aumento de 64% no mesmo período.
No prazo mais curto, o Bitcoin (BTC) foi um destaque, com 8% de valorização em 7 dias. Ou seja, apesar das altcoins registrarem bons ganhos, em períodos mais curtos o Bitcoin continua sendo uma opção interessante. Nesse período, a Ethereum (ETH), por exemplo, está dando um leve prejuízo aos seus investidores, perdendo 0,13% de seu valor.
Cautela ainda está presente no criptomercado
Ainda que o cenário que curto prazo esteja positivo, no longo o sangue continua na rua, ou seja, o mercado acompanha de perto novos dados para criar um preço.
Isso porque o Bitcoin andou registrando movimentações semelhantes a de mercados de bolsas tradicionais. Caso essas voltem a recuar, o Bitcoin poderia sofrer, logo a cautela ainda segue presente.
No Brasil, os preços da moeda digital oscilaram bastante, como no mundo todo. O volume das corretoras no mês de março foi altíssimo, mostrando que houve interesse em negociar Bitcoin no país.
Por fim, fica claro que os traders atentos podem fazer operações de curto prazo em altcoins, visando um lucro sobre o risco. Contudo, o Bitcoin continua aumentar sua dominância, ou seja, tem se mostrado uma moeda mais segura para ficar posicionado no longo prazo.
