Ruchir Sharma, presidente da Rockefeller Internacional, voltou a falar sobre a grande oportunidade que o Bitcoin possui em mãos: substituir o dólar e ser a próxima moeda dominante do mundo. Entretanto, para isso ocorrer, o BTC precisa amadurecer e livrar-se de sua volatilidade.
Sua declaração é baseada na história. Ao longo dos últimos seis séculos, seis moedas foram se sobressaíram sobre as outras, cada uma reinando por cerca de 100 anos. Contudo, conforme o dólar pode estar no fim de seu ciclo, não existe um sucessor claro à espera deste trono.
Sobre as quedas, por mais que abalem a confiança de alguns investidores, Sharma conta à CoinDesk que elas são necessárias para o fortalecimento de bons ativos. Como exemplo, comparou o Bitcoin à Amazon, empresa que sofreu grandes perdas durante a bolha da internet e hoje é uma das maiores do mundo.
Reinado do dólar pode estar no fim e Bitcoin ser o sucessor
Ao longo dos últimos seis séculos, apenas seis moedas dominaram o mercado financeiro. Suas histórias são bem parecidas: há um período de acumulação antes de se tornar dominante e então, após uma média de 100 anos, outra a substitui.
Para Ruchir Sharma, presidente da Rockefeller Internacional, a era do dólar pode estar chegando ao seu fim. Afinal, a moeda já está ocupando este “cargo” há mais de 100 anos.
Outro ponto que pode indicar o fim do dólar são os excessos dos últimos anos, que podem ser vistos na quantidade de dinheiro emitido, minando a confiança dos investidores.
A grande questão é que não parece existir nenhuma outra pronta para ocupar este trono. Com isso, o Bitcoin possui uma oportunidade única em sua história.
Além de já estar em um período de acumulação desde 2009, quando criada, nada parece mais perfeito do que uma moeda global, descentralizada e sem o impacto de impressoras estatais.
Contudo, para que o Bitcoin consiga chegar a este ápice, Sharma lembra que o BTC precisa amadurecer e perder uma de suas características mais lembradas, a volatilidade.
“Há uma necessidade de termos outra moeda, com necessidade transacional, e também uma moeda com mais estável,” declara Ruchir Sharma, presidente da Rockefeller à Coindesk. “Não pode haver tanta volatilidade e interesse especulativo sobre algo que será usado para transações.”
“Essa ‘mania de dinheiro fácil’ tem sido um desserviço à causa do Bitcoin, mas acredito que, daqui a 3 a 5 anos, o Bitcoin surgirá como um ativo mais estável.”
Bitcoin voltará a subir, porém pode demorar
Citando a queda tanto de ações quanto do próprio Bitcoin, Ruchir aponta que o resto do ano ainda será um desafio devido ao medo dos investidores, especialmente para ativos de alto risco. Contudo, aponta que estes voltarão a ser atrativos no futuro.
“Os preços caem, mas não em linha reta. Eles caem, há saltos, pausas, e então uma segunda queda. Suspeito que é o que veremos nos mercados dos EUA, e nos mercados de risco em geral.”
“Portanto, ainda não estou pronto para comprar Bitcoin e criptomoedas, pois o regime dos EUA durante o bear market conduz o apetite por risco em todo o mundo.”
Finalizando, o presidente da Rockefeller Internacional compara o Bitcoin à Amazon, empresa que mesmo após ter perdido grande parte de seu valor durante a bolha da internet, transformou-se em uma das cinco gigantes do mundo.