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Professor da Unicamp diz que CEO do Bitcoin interveio na política monetária da criptomoeda

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Jorge Stolfi conhece o Bitcoin desde 2013, mas ainda não se convenceu da sua utilidade criptomoeda e descentralização. Durante mais uma calorosa discussão no Twitter, o professor da Unicamp afirma que o “CEO do Bitcoin” interveio na política monetária do BTC.

Na menção, Stolfi cita um bug ocorrido em 2010 que permitiu a criação de 184 bilhões de bitcoins, ultrapassando até mesmo o limite máximo de 21 milhões de unidades.

Como consequência, esse “bug inflacionário” poderia ter matado o Bitcoin, seja pela falta de confiança de seu código ou pela própria inflação. No entanto, a falha foi corrigida rapidamente por desenvolvedores.

O famoso bug inflacionário do Bitcoin

No dia 15 de agosto de 2010, quando o Bitcoin não valia nem 1 centavo, uma perigosa falha era descoberta em seu código. Em suma, atacantes podiam gerar novas moedas na rede e um deles resolveu ser agressivo, criou logo 184 bilhões de BTC.

O bug era tão grande que os desenvolvedores do Bitcoin precisaram agir de forma rápida. Nomes como Gavin Andresen, Jeff Garzik e Satoshi Nakamoto apresentaram soluções no fórum Bitcointalk, sendo logo adotadas por todos que rodavam o software do Bitcoin.

No entanto, 13 anos depois, Jorge Stolfi não apenas acredita que a decisão foi arbitrária como também chama Satoshi Nakamoto de CEO do Bitcoin.

“Em 2010, alguém notou que o código criaria bilhões de bitcoins se recebesse um certo tipo de transação. E assim ele fez, e o sistema aceitou alegremente aquela transação”, comentou o professor da Unicamp. “Foi necessária a intervenção do CEO e um ataque “benigno” de 51% para remover esses bilhões de BTC da chain. Esse incidente deve dizer a você que bitcoins, mesmo aqueles 6,25 da recompensa “planejada” de bloco, são criados “do nada”.”

Como observado, Stolfi também não enxerga o Bitcoin como um produto por si só, como é o ouro, apenas por ele ser digital. Em um trecho anterior, o professor da Unicamp explica melhor esse seu pensamento.

“No mesmo sentido que qualquer moeda fiduciária é impressa “do nada”. As novas moedas criadas pelos mineradores não representam X onças de ouro em algum tesouro, ou qualquer outro material concreto”, concluiu Stolfi. “Eles são apenas unidades abstratas cujo valor é registrado em um banco de dados.”

Professor da Unicamp conhece o Bitcoin desde 2013

Segundo registros do Bitcointalk, Jorge Stolfi conhece o Bitcoin desde 2013, quando a criptomoeda estava cotada em US$ 542 após uma queda forte de 53% em apenas três dias.

Ao que tudo indica, Stolfi criou sua conta apenas para criticar essa volatilidade.

“O preço de um Bitcoin caiu 50% em 48 horas e ainda oscila 20% a cada poucos minutos”, escreveu Stolfi em 2013. “O Bitcoin nunca assumirá uma fração significativa do comércio se seu preço continuar mudando assim.”

Já em sua descrição de perfil, o professor da Unicamp também se mostra cético em relação ao longo prazo do Bitcoin.

“Apenas interesse acadêmico em bitcoin. Não sou proprietário, nem trader, muito cético quanto ao seu sucesso a longo prazo.”

Perfil de Jorge Stolfi no Bitcointalk, fórum criado por Satoshi Nakamoto, mostra que o professor da Unicamp conhece o Bitcoin desde 2013.

Nessa década que se passou, grandes empresas listadas em bolsa adotaram o Bitcoin como reserva de valor e até mesmo bancos em todo o mundo estão oferecendo sua compra e venda, focando em clientes que desejam fugir da inflação de suas moedas locais. Além disso, até mesmo pequenos países já adotaram o Bitcoin como moeda legal nos últimos anos.

Por fim, o Bitcoin valorizou 4.463% desde a publicação acima de Stolfi de 2013. Se isso não o convence do potencial de longo prazo do Bitcoin, talvez nenhum outro argumento conseguirá.

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Autor:
Henrique HK