Programador queima R$ 10 milhões em criptomoedas e deixa mensagens estranhas

Comunidade já enviou diversas mensagens de apoio ao programador.

Um programador que se autoidentificou como Hu Lezhi enviou 603 ETH (cerca de R$ 10 milhões) para um endereço de queima ao longo dos últimos dias. Essas moedas estão perdidas para sempre.

Nas transações, ele deixou diversas mensagens em tom paranoico sobre perseguição e controle.

Como exemplo, o texto acusa Feng Xin e Xu Yuzhi, presidentes da Wide Investment, de usar interfaces cérebro-computador para controlar seus funcionários. Indo além, afirma que os próprios executivos estariam sendo controlados por essas máquinas.

Além de queimar R$ 10 milhões, o programador também enviou cerca de 1.950 ETH (R$ 31 milhões) para outros endereços, incluindo um da WikiLeaks.

Programador queima milhões em criptomoedas e deixa mensagens preocupantes

Em mais uma semana normal no mundo das criptomoedas, um programador deixou uma série de mensagens acusatórias contra seus supostos patrões, queimando milhões de reais em Ethereum (ETH) para chamar a atenção da comunidade.

“Os executivos da Wide Investment, Feng Xin e Xu Yuzhi, usaram armas de interface cérebro-computador para perseguir todos os funcionários e ex-funcionários da empresa, e até eles próprios são controlados.”

“À medida que a interface cérebro-computador e a tecnologia de leitura da mente continuam se desenvolvendo, surgiu um novo modo de crime em que animais selvagens se tornam fantoches ou escravos completos da máquina digital”, continua a mensagem escrita tanto em inglês quanto em chinês.

“Atualmente, há um novo modo de crime em que a vítima é gradualmente privada de seus sentidos e desejos até se tornar um escravo completo da máquina digital. Se um dia eu me tornar uma vítima no estágio final, escolherei deixar este mundo.”

Mensagens enviadas por 'Hu Lezhi' ao queimar cerca de R$ 10 milhões em ETH. Fonte: EtherScan.
Mensagens enviadas por ‘Hu Lezhi’ ao queimar cerca de R$ 10 milhões em ETH. Fonte: EtherScan.

Em mensagens enviadas junto às transações para a WikiLeaks, o dono da carteira se identifica como Hu Lezhi, um “programador comum e empreendedor” que percebeu recentemente que está sob vigilância e manipulação desde seu nascimento.

“Quando me dei conta da existência dessa organização, eles intensificaram os danos contra mim”, continuou.

Segundo artigo da Wikipedia, as primeiras pesquisas sobre interfaces cérebro-computador começaram nos anos 70 e o primeiro dispositivo neuroprostético foi instalado em humanos nos anos 90.

Já o programador afirma que “os chips cérebro-computador já foram amplamente implantados para fins militares, e todas as potências militares estão usando estações base, rádio e nanocircuitos cérebro-computador para controlar todos os cidadãos”.

Devido ao tom preocupante das afirmações, onde o programador ameaça até mesmo tirar a sua vida, seu endereço já recebeu diversas mensagens de apoio. “Irmão, acredite no mundo!”, diz uma delas, também escrita em chinês.

Jogada de marketing para criar memecoin?

Conforme desenvolvedores já chegaram ao limite para atrair a atenção de outros investidores no lançamento de memecoins, também é possível que a queima desses milhões seja uma jogada de marketing.

Afinal, a comunidade já criou dezenas de moedas chamadas “Kuande Investment”, uma tradução alternativa de “Wide Investment” mostrada por alguns tradutores de chinês para inglês.

Comunidade já criou dezenas de memecoins fazendo referência às mensagens deixadas pelo programador. Fonte: Dextools.
Comunidade já criou dezenas de memecoins fazendo referência às mensagens deixadas pelo programador. Fonte: Dextools.

No entanto, caso esse seja o plano, ele não parece estar dando muito certo. Afinal, a maior moeda está com um valor de mercado de R$ 420 mil atualmente, bem distante dos milhões queimados pelo programador.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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