Polícia prende membros de quadrilha que dopavam investidores para roubar criptomoedas

Grupo conhecia as vítimas em aplicativos de relacionamento e usavam do golpe 'Boa Noite, Cinderela' para roubar suas criptomoedas.

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) deflagou a Operação Medelín nesta sexta-feira (8). Segundo o comunicado oficial, um grupo de brasileiros e estrangeiros buscavam vítimas em aplicativos de relacionamento e aplicavam o golpe ‘Boa Noite, Cinderela’ para roubar suas criptomoedas.

O texto também informa que o grupo foi localizado devido a “técnicas avançadas de rastreio de criptoativos”. No total, estão sendo apurados 5 mandados de prisão e 5 mandados de busca e apreensão na cidade de São Paulo.

Golpes do tipo estão cada vez mais comuns. Como exemplo, em 2022, uma brasileira de 41 anos perdeu cerca de R$ 600.000 em criptomoedas em golpe do Tinder. Diversos outros casos também aconteceram em outros países.

MPRJ deflagra Operação Medelín em busca de grupo que dava golpe ‘Boa Noite, Cinderela’ para roubar criptomoedas de vítimas

O Ministério Público do Rio de Janeiro afirma que o grupo de golpistas usava estratégias sofisticadas em todos os passos do esquema. Em um primeiro momento, conheciam às vítimas em aplicativos de relacionamento, onde através de conversas aparentemente banais, descobriam se seus alvos investiam ou não em criptomoedas.

Composto por homens e mulheres, o grupo então marcava encontro com as vítimas e as dopava. O golpe também é conhecido como ‘Boa Noite, Cinderela’.

Com o smartphone das vítimas em mãos, os golpistas transferiam as criptomoedas para seus endereços. Segundo o MPRJ, eles também se preocupavam na ocultação dos ativos subtraídos, mostrando um conhecimento avançado sobre criptomoedas.

“A malta, formada por mulheres e homens, brasileiros e estrangeiros, se valia de aplicativos de relacionamento para se aproximar das vítimas”, escreveu o MPRJ. “Passando-se por entusiastas do mercado de ativos virtuais, em conversas aparentemente banais, os roubadores identificavam presas em potencial e marcavam encontro.”

“Oportunidade em que, após dopar o lesado, subtraíam seu telefone celular e, por meio dele, realizavam a transferência imediata de criptoativos para contas controladas pelo grupo.”

Bens apreendidos pelo MPRJ na Operação Medelín, deflagrada contra grupo que dopava investidores para roubar suas criptomoedas. Fonte: MPRJ/Reprodução.
Bens apreendidos pelo MPRJ na Operação Medelín, deflagrada contra grupo que dopava investidores para roubar suas criptomoedas. Fonte: MPRJ/Reprodução.

Cinco mandados de prisão, além de 5 mandados de busca e apreensão, foram emitidos na cidade de São Paulo. Segundo informações do G1, quatro já foram presos e uma mulher segue foragida.

A Operação Medelín também contou com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), Polícia Militar do Estado de São Paulo, 2ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Territorial da área Botafogo e Copacabana do Núcleo Rio de Janeiro e do Cyber GAECO do MPSP.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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