9 trilhões de dólares. É difícil entender o tamanho desta bolada, afinal, são 143 Mega-Sena da Virada, ou 5 vezes tudo que é produzido em um ano no Brasil. Esta é a fortuna que administra a BlackRock, maior gestora de investimentos do mundo.
Considerada a “nova geração”, a empresa foi criada em 1988 em NYC, porém atualmente conta com escritórios em 30 países.
Após abrir capital na bolsa de valores em 1999, sua reputação cresceu tanto que chegou a ser contratada pelo governo dos EUA para ajudar a administrar ativos durante a crise de 2008.
Que produtos a BlackRock oferece?
A gestora é bastante conhecida por seus ETFs, os fundos que representam uma cesta de ativos. No Brasil, a BlackRock administra o iShares Ibovespa (BOVA11), além do iShares S&P500 Fundo de Investimento (IVVB11).
Além disso, oferece fundos tradicionais de títulos de dívida de empresas na China, imobiliários, de renda fixa, entre outros.
A BlackRock era contra o Bitcoin?
Em 2017, o CEO da BlackRock, Larry Fink, relacionou Bitcoin à lavagem de dinheiro, afirmando que esta era a única razão para uso dos criptoativos.
No ano seguinte, o tom já era menos negativo, afirmando que só iriam lançar um ETF de Bitcoin quando o setor ganhasse regulação.
Larry completou: “em última instância, terá que ser garantido por algum governo, pois nenhum país irá permitir o livre tráfego de valores sem fiscalização.”
Quando mudou o viés da empresa?
Em novembro de 2020, o Diretor de Investimentos Rick Rieder afirmou que criptos não iriam desaparecer, e que Bitcoin poderia eventualmente substituir o ouro.
Qual a visão da BlackRock sobre Bitcoin?
Em fevereiro de 2021 o Diretor de Investimentos Rick Rieder informou que a gestora estava realizando uma pequena imersão em Bitcoin, e que apesar da volatilidade, acreditava na função de proteção contra a inflação.
Os fundos aprovados pelo regulador SEC para compra e venda de contratos futuros de Bitcoin são “BlackRock Global Allocation Fund” e “BlackRock Funds V”. A última informação mostrava uma posição de cerca de 10 milhões de dólares em Bitcoin.
Quanto podem investir em criptos?
Primeiramente, grande parte da gestão é passiva, ou seja, apenas acompanha índices, por exemplo, Ibovespa ou S&P500.
Em seguida, há uma grande quantidade de fundos de renda-fixa, portanto não caberia uma alocação em criptomoedas. Por último, mesmo que o ETF de Bitcoin seja aprovado, existem limites de risco para fundos de ações e multimercados que impedem uma grande alocação.
De forma resumida, é irreal imaginar que mais de 10% ou 20% do valor administrado pela BlackRock possa ser investido em Bitcoin.
No entanto, mesmo que só 15% destes fundos aportem 1% cada, equivale a 5x a posição que a empresa Tesla possui em BTC.