Real digital, a “cléptomoeda” do governo

A moeda digital do Brasil nem saiu, mas já sabemos tudo sobre ela.

Em maio de 2021 o Banco Central divulgou as diretrizes de sua moeda digital (CBDC), que supostamente aumenta a eficiência do sistema de pagamentos do varejo, e favorece a participação do Brasil no cenário econômico global.

Óbvio que tudo isso é um powerpoint meia-boca sem previsão alguma de implementação, e com um discurso genérico, vazio, e sem sentido.

Praticamente completam a cartela do “Bingo” do lero-lero: Internet das Coisas, Smart Contracts, operações offline, segurança jurídica, privacidade, desenho tecnológico, interoperabilidade, e resiliência.

Calma, o que é CBDC?

É a mesma porcaria de moeda brasileira que você utiliza, porém, armazenada diretamente em um banco de dados do Banco Central. Ou seja, todas as transações passam a ser rastreáveis, e os agentes reguladores ficam com total controle para censurar e reverter transações.

Desse modo, podem implementar prazo de validade para a moeda, restringir o uso para determinados produtos, serviços ou empresas, e até mesmo implementar o juro negativo, confiscando uma parte dos depósitos dos poupadores todo mês.

Como vai ser a CBDC do Brasil?

Não há detalhes, porém algumas poucas certezas:

  1. Não será utilizado nenhum blockchain público: Ethereum, Solana, Bitcoin, ou similares.
  2. Não existe a figura do minerador. O emissor fica com a “chave-mestra” na mão para fazer o que bem entender.
  3. A moeda continua sendo o Real Brasileiro, aquele que o governo imprime sempre que estoura o caixa, portanto perdendo valor todo ano.
  4. Vão utilizar uma arquitetura fechada, onde o usuário comum não consegue enviar transações diretamente.

Qual o benefício do CBDC para os usuários?

Nenhum. Zero. Absolutamente nada. Sem dúvidas vão inventar um discurso de que o usuário fica livre para movimentar diretamente em sua carteira digital, porém qualquer transação depende da autorização do emissor.

Não caia nessa história de ganho de privacidade. Existe um banco de dados no qual cada endereço dessa rede fica vinculado a um CPF ou CNPJ. Portanto, sabendo que são várias as autarquias e órgãos com acesso a esse sistema, é fato que seus dados vão ficar expostos.

Quando sai o CBDC brasileiro?

No Brasil, a única certeza que temos é que os políticos vão querer se dar bem nessa história. Licitação fraudulenta, abertura dos dados para a Receita Federal, criação de estatais sem sentido, remessa de dinheiro para ONGs de parentes, enfim, tudo, exceto algo que busque o empoderamento do indivíduo.

Em suma, Congresso e Senado vão se digladiar para arrancar benefícios nessa história, portanto é impossível sair algo antes de 2023.

Algum CBDC pode usar Ethereum, Dogecoin ou XRP?

Não. Nenhum país irá utilizar uma blockchain pública para CBDC, e muito menos uma criptomoeda existente, pois seu foco é controle total. Não caia nessas promessas!

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Marcel Pechman
Marcel Pechman
Marcel Pechman é trader e analista de criptomoedas desde 2017. Atuou como trader por 18 anos nos bancos UBS, Deutsche e Safra. Além de YouTuber em seu canal RadarBTC, foi reconhecido em diversas premiações como um dos maiores interlocutores do Bitcoin do país. Maximalista convicto, acredita na falência da moeda fiduciária, aquela emitida por governos.

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