O Internal Revenue Service (IRS), serviço de Receita Federal dos EUA, apreendeu R$ 524 mil em criptomoedas de uma conta na Coinbase. Segundo o órgão público, a medida de confisco aconteceu após violações de leis federais.
Nos últimos dois anos, governos de todo mundo distribuíram dinheiro em vários programas sociais. Nos Estados Unidos, eles foram apelidados de “Coronavoucher”, valor que deveria ajudar as famílias a atravessar a pandemia da Covid-19, que impôs uma série de restrições e causou desempregos no país.
Muitos aproveitaram para criar golpes com a verba pública. Vários casos então estão sob investigação, envolvendo buscas e apreensões até em corretoras de criptomoedas.
Receita dos EUA apreende R$ 524 mil em criptomoedas na Coinbase
O serviço de Receita Federal dos EUA está investigando uma série de crimes financeiros envolvendo o extravio de coronavoucher. Vários desses casos utilizaram identidades sintéticas para enganar as plataformas, mas gradualmente vão sendo localizados.
Por identidade sintética entende-se a prática de criar um documento do zero, ou a partir de combinações de outros já existentes. A receita dos EUA identificou dois nomes que podem ter sido utilizados para esse crime, que foram “Iuliia Zhadko” e “Anton Kudiumov”.
Ambos são investigados por serem falsos e terem envolvimento com fraudes no auxílio emergencial do país. Assim, o IRS anunciou o confisco de suas criptomoedas na Coinbase, sendo US$ 14.881,00 de Anton, este detendo Bitcoin, Ethereum e Decentraland.
Já Iuliia tinha Dólar, Bitcoin, Chainlink e Bitcoin Cash, com uma soma de US$ 87.637,00. Somados os valores de ambas as possíveis contas fraudulentas, mais de US$ 102 mil foram levados pelo esquema apurado pela receita.
Esse confisco, anunciado nesta segunda-feira (9), foi feito em Los Angeles, uma das cidades mais importantes do Estado da Califórnia e onde ficam os famosos estúdios de cinema e tv de Hollywood.
Apreensões em corretoras de criptomoedas
Essa nova grande apreensão de criptomoedas em corretoras mostra que operações seguem feitas por autoridades dos Estados Unidos.
Recentemente, um grande confisco de criptomoedas foi feito na Binance, uma das maiores corretoras do mercado. Naquela ocasião, contudo, a operação foi realizada e divulgada pelo FBI, unidade policial de justiça similar a polícia federal do Brasil.
Com esses casos fica claro que as criptomoedas seguem sendo perseguidas em casos de crimes, principalmente financeiros, já sendo reconhecidas como bens passíveis de confisco, visto que possuem valor de mercado.
Caso os donos das moedas queiram acessar elas novamente, devem recorrer até à data limite 27 de junho de 2022, quando perderam suas moedas de ver.