O Centro Sírio de Pesquisa Econômica elaborou uma nova proposta para o Governo de Transição da Síria, para legalizar o bitcoin como moeda no país.
Em uma carta aberta aos novos membros do governo de transição, ocupado por vários grupos distintos, mas todos contra o ex-presidente Bashar al-Assad, que governou com uma ditadura que durou de 2000 até 2024, o CSPE declarou que o momento é o melhor para que o país se abra para o bitcoin.
“A situação síria após a queda do regime anterior exige a busca por soluções inovadoras para acelerar a reconstrução, garantir a liberdade de mercado, proteger o cidadão sírio da inflação e da desvalorização da moeda, melhorar a preservação da propriedade privada e adicionar uma estrutura moderna ao clima econômico para atrair capital global.”
Na defesa de sua visão, os estudiosos em economia ainda declararam que a confiança no bitcoin e em sua rede pode melhorar o acesso da população ao sistema financeiro.
“Sob essa perspectiva, propomos construir uma economia digital e uma infraestrutura bancária centralizada e descentralizada, com filiais espalhadas por diversos governados, cidades e vilarejos sírios, abrindo caminho para facilitar o comércio eletrônico e remessas, confiando na rede Bitcoin e suas tecnologias, bem como em outras redes de ativos digitais.”
“Liberem a negociação, mineração e corretoras de bitcoin na Síria”, dizem responsáveis por documento para regime de transição
A proposta de política de Bitcoin para a Síria destaca seis pilares essenciais. Primeiro, a criação de uma estrutura regulatória ampla legalizaria a troca, negociação e mineração de Bitcoin e outros ativos digitais, alinhando-se às leis locais e internacionais.
Em seguida, a libra síria seria digitalizada e integrada à blockchain, com lastro em ativos líquidos como dólares, ouro e Bitcoin, sob supervisão do banco central.
Empreendedores teriam acesso facilitado aos recursos energéticos do país para mineração de Bitcoin, com apoio governamental que estimularia a inovação enquanto limita monopólios e impactos ambientais adversos.
A política também busca evitar práticas inflacionárias e a dependência de empréstimos usurários, promovendo uma economia de mercado conservadora.
Além disso, os cidadãos sírios teriam garantido o direito à custódia total de seus ativos digitais, com uso protegido por leis de privacidade. Por fim, instituições financeiras, casas de câmbio e startups poderiam operar com clareza regulatória para oferecer serviços que simplifiquem o acesso e uso de Bitcoin e ativos digitais.
“Existem muitos obstáculos entre nós e a realização dessa visão, incluindo sanções externas, dificuldades técnicas e as dívidas deixadas pelo regime anterior. No entanto, o povo sírio tem demonstrado sua capacidade de efetuar mudanças pacíficas, e esperamos que eles comecem a adotar essa tecnologia moderna para acompanhar a transformação econômica global.”
Veja o documento obtido pelo Livecoins na íntegra em inglês abaixo: