Reino Unido está ficando para trás na corrida das criptomoedas, diz ex-chanceler

O texto do ex-chanceler é publicado dias após a Coinbase, onde ele agora trabalha, ter um comercial banido justamente no Reino Unido

George Osborne, ex-Chanceler do Tesouro do Reino Unido, está preocupado com o futuro das criptomoedas em seu país. Em artigo publicado no Financial Times, o ex-chanceler afirma que o Reino Unido perdeu a primeira onda das criptomoedas e agora está prestes a perder a segunda.

A primeira seria a própria adoção do Bitcoin. Devido a regulações rígidas, investidores não tem acesso a ETFs e precisam recorrer a empresas estrangeiras para fazer aportes.

Já a segunda são as próprias stablecoins. Assim como no primeiro caso, os EUA estão abrindo uma grande vantagem sobre demais países enquanto a libra esterlina fica fora dessa revolução financeira digital.

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Ex-Chanceler britânico diz que Reino Unido perdeu a primeira onda das criptomoedas

Em 3 de janeiro de 2009, Satoshi Nakamoto gravava uma manchete do The Times no primeiro bloco do Bitcoin. O texto ‘Chanceler à beira do segundo resgate aos bancos’ mostrava a crise que o país vivia após a bolha imobiliária de 2008.

EM 2010, ano seguinte à criação do Bitcoin, George Osborne assumiu o cargo de Chanceler do Tesouro do Reino Unido. Refletindo sobre o passado, Osborne se mostrou incomodado com o rumo da política britânica sobre o setor.

“Nossa mensagem era: “Se as criptomoedas estão acontecendo, queremos que aconteçam aqui.” Isso foi há 11 anos”, escreveu Osborne em seu artigo de opinião no Financial Times, famoso jornal britânico que sempre bateu no Bitcoin.

Como exemplo, o ex-chanceler aponta que americanos podem facilmente obter exposição ao Bitcoin através do ETF da BlackRock, o IBIT. Já no Reino Unido, investidores de varejo são proibidos de comprarem esses fundos.

“Isso não impediu mais de 8 milhões de britânicos de comprarem criptomoedas; só significa que as empresas que lidam com esse capital estão no exterior.”

Outro ponto destacado é que investidores precisam passar por um teste e esperar por 24 horas antes de poder comprar a criptomoeda. Usando da ironia, Osborne aponta que os reguladores protegerem os cidadãos de investir no melhor ativo financeiro da última década.

Reino Unido está ficando para trás novamente, diz ex-Chanceler

Hoje trabalhando para a Coinbase, o ex-chanceler aponta que o Reino Unido perdeu a primeira onda do mercado de criptomoedas e estão prestes a perder a segunda: as stablecoins.

Seu argumento é que outros países estão levando vantagem enquanto os britânicos seguem parados preocupados com questões sérias, mas não tão difíceis de resolver a ponto de frear esse avanço tecnológico.

Dentre os exemplos citados está Hong Kong, que recentemente aprovou um novo regime regulatório para emissoras de stablecoins. Singapura e Abu Dhabi também são citados.

“A União Europeia, que não é nenhum novato, já legislou sobre criptomoedas. Enquanto isso, o Congresso dos EUA acaba de aprovar o Genius Act para tornar a América o centro da revolução das stablecoins. E o Reino Unido? Ainda estamos analisando.”

Enquanto stablecoins de dólar dominam 99% do mercado, com algumas poucas iniciativas ligadas ao euro, a libra esterlina está completamente fora desse mercado digital transfronteiriço.

Por fim, o texto de Osborne é publicado dias após a Coinbase, onde ele agora trabalha, ter um comercial banido justamente no Reino Unido.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.
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