O Serviço de Insolvência do Reino Unido anunciou no dia 9 de junho que vai começar a rastrear bitcoin e criptomoedas de pessoas físicas e jurídicas falidas no país.
A medida se deu após um aumento de 420% no número de pessoas e empresas em processo de falência mantendo as criptomoedas dentre os seus ativos.
O órgão estatal ainda declarou que só em 2024 o valor de 500 mil libras (R$ 3,7 mi), estavam em posse de indivíduos em processo de falência. O número se destacou ao ser 364 vezes maior que em 2019/2020.
Especialista contratado pelo Serviço de Insolvência do Reino Unido para rastrear bitcoin é um ex-policial
Para atuar no rastreio de bitcoin e criptomoedas, o ex-investigador da polícia Andrew Small foi o primeiro contratado pelo Serviço de Insolvência do Reino Unido.
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Em nota, o especialista confirmou que chega com uma missão clara de encontrar ativos. “Houve um rápido aumento na propriedade de criptomoedas no Reino Unido e, junto com isso, vimos um aumento semelhante na propriedade de criptoativos em casos de falência“, disse.
De acordo com Small, vários credores aguardam para receber dinheiro de empresas e pessoas falidas, valores que podem estar em criptomoedas. “O Serviço de Insolvência tem o dever de rastrear e recuperar dinheiro e ativos de indivíduos ou empresas em casos de insolvência, e trabalhamos para devolver o máximo possível de dinheiro devido aos credores“, completou.
“Criptomoedas são ativos recuperáveis”
A segurança das criptomoedas é uma referência em finanças nos últimos anos, visto que investidores que detém valores em carteiras anônimas dificilmente são reconhecidos. Contudo, para o especialista contratado pelo serviço do Reino Unido, estes são ativos recuperáveis.
“Criptomoedas são, em grande parte, ativos recuperáveis, e minha função ajudará a agência fornecendo conhecimento especializado sobre os tipos de criptoativos disponíveis e a tecnologia associada usada para comprá-los, vendê-los e armazená-los“, finalizou.
Em nota, Neil Freebury, chefe de inteligência do Serviço de Insolvência, disse que o número de falências ligadas às criptomoedas quadruplicou nos últimos anos. “As criptomoedas estão crescendo em popularidade, e vimos o número de casos de insolvência envolvendo propriedade de criptoativos quadruplicar nos últimos cinco anos“, disse o chefe.
Com a nova contratação, o Reino Unido se torna o primeiro país a criar uma divisão de rastreio de bitcoin e criptomoedas exclusiva para processos de falência. No futuro, eles esperam estruturar uma equipe de inteligência completa para atuar nas investigações.
