No segundo dia da Satsconf 2024, o maior evento de Bitcoin do Brasil, especialistas abordaram temas relacionados a ESG (práticas ambientais, sociais e de governança) e desafios tributários, focando em como o Bitcoin pode contribuir para o desenvolvimento de comunidades em países emergentes.
Palestrantes nacionais e internacionais trouxeram discussões relevantes sobre sustentabilidade, regulamentações e a importância da liberdade financeira.
Entre os destaques, a física Margot Paez comparou o consumo energético de data centers de inteligência artificial com o dos mineradores de Bitcoin, defendendo que a mineração, ao transformar desperdícios de energia em um ativo estável, pode ser uma solução vantajosa para o setor energético.
Erik Hersman, co-fundador da Gridless Computer, complementou apontando que a instalação de pequenas usinas de energia em áreas remotas permite o crescimento de mineradoras locais, criando um ciclo de desenvolvimento econômico.
Outro tema que gerou debates foi a tributação de criptoativos e a busca por proteção patrimonial. O advogado Felipe Ojeda destacou os riscos de exposição de dados pessoais sem proteção adequada, enquanto especialistas discutiram estratégias de internacionalização para evitar as altas taxas brasileiras, com ênfase em canais que preservem a identidade e liberdade financeira dos investidores.
A Satsconf também promoveu o hackathon Satshack, premiando soluções inovadoras para o ecossistema Bitcoin.
Entre os vencedores, o Floresta Mobile App, ScriptLab e Granola receberam destaque, com o time da ScriptLab sendo premiado nas categorias de Melhor Design e Melhor Pitch, e Granola ganhando na categoria Best Nostr. Os times premiados ganharam uma viagem para Atlanta, EUA, onde participarão da Tabconf, conferência técnica de Bitcoin.
O evento, encerrado com o anúncio de sua próxima edição em novembro de 2025, reforçou o compromisso da Satsconf em impulsionar discussões sobre liberdade financeira e a “internet do dinheiro” no cenário brasileiro e internacional.