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SEC acusa plataformas de criptomoedas por fraude milionária via WhatsApp e redes sociais

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A Securities and Exchange Commission (SEC) apresentou acusações formais contra três supostas plataformas de negociação e quatro clubes de investimento na segunda-feira (22). O processo alega que as empresas executaram um esquema fraudulento complexo que resultou na perda de mais de US$ 14 milhões por parte de investidores de varejo norte-americanos.

O regulador identifica as companhias Morocoin Tech Corp., Berge Blockchain Technology Co. Ltd. e Cirkor Inc. como as operadoras das falsas corretoras de ativos digitais envolvidas no caso.

A denúncia inclui também os clubes de investimento AI Wealth Inc., Lane Wealth Inc., AI Investment Education Foundation Ltd. e Zenith Asset Tech Foundation como participantes ativos do golpe.

Os acusados atraíam vítimas por meio de anúncios em redes sociais e as direcionavam para grupos no aplicativo de mensagens WhatsApp entre janeiro de 2024 e janeiro de 2025.

Os fraudadores ganhavam a confiança dos participantes ao se passarem por profissionais financeiros e prometiam lucros baseados em dicas supostamente geradas por inteligência artificial.

Laura D’Allaird, chefe da Unidade de Tecnologias Emergentes e Cibernéticas da comissão, afirma que “nossa queixa alega uma fraude em várias etapas que atraiu vítimas com anúncios em mídias sociais“. A diretora explica que o grupo convencia os usuários a depositar dinheiro em plataformas falsas de negociação de ativos baseados na tecnologia do Bitcoin (BTC) onde os recursos acabavam desviados.

Falsas licenças e tokens inexistentes

Os clubes de investimento induziam os investidores a abrir e financiar contas nas plataformas Morocoin, Berge e Cirkor após estabelecerem uma relação de confiança nos grupos online.

As empresas afirmavam falsamente possuir licenças governamentais para operar no mercado financeiro e realizavam ofertas de tokens de segurança (STOs) sem registro.

A denúncia aponta que nenhuma negociação real ocorria nos sistemas digitais e que as empresas emissoras dos supostos tokens sequer existiam no mundo físico.

Os réus desviavam o capital dos investidores de varejo e transferiam os valores para o exterior através de uma rede complexa de contas bancárias e carteiras de criptoativos.

O esquema aplicava um novo golpe quando as vítimas tentavam sacar seus fundos ao exigir o pagamento de taxas antecipadas para a liberação do dinheiro que nunca chegava.

O órgão regulador busca a aplicação de liminares permanentes e penalidades civis contra todos os envolvidos na fraude organizada para impedir novas atuações.

Ação judicial e alertas ao consumidor

A autarquia registrou a queixa no Tribunal Distrital dos Estados Unidos para o Distrito do Colorado por violações das disposições antifraude das leis de valores mobiliários de 1933 e 1934. O pedido judicial inclui a devolução dos ganhos ilícitos acrescidos de juros de pré-julgamento especificamente contra as operadoras das plataformas Morocoin, Berge e Cirkor.

O Escritório de Educação e Assistência ao Investidor emitiu um alerta sobre o uso de aplicativos de mensagens populares por criminosos para atrair participantes para fraudes financeiras. A recomendação oficial orienta os cidadãos a verificar os antecedentes de qualquer pessoa que ofereça investimentos através do site governamental Investor.gov antes de realizar transferências.

Desta forma, a ação reforça o monitoramento contínuo das autoridades sobre o uso indevido da tecnologia blockchain para a aplicação de golpes de confiança. A agência reitera que fraudes em valores mobiliários que prejudicam investidores de varejo receberão tratamento rigoroso e perseguição vigorosa por parte dos entes fiscalizadores.

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Gustavo Bertolucci

Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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Gustavo Bertolucci