Segundo maior banco da França quer custodiar criptomoedas

Banco pertence ao Credit Agricole e ao Santander e pretende iniciar uma custódia de criptos para todos os seus clientes.

O segundo maior banco da França quer começar a custodiar as criptomoedas de seus clientes e solicitou aprovação aos reguladores.

O CACEIS é o grupo bancário de serviços de ativos do Crédit Agricole (CAGR.PA) e do Santander (SAN.MC) dedicado a gestores de ativos, seguradoras, fundos de pensão, bancos.

De acordo com informações divulgadas na própria página da CVM da França, a AMF, o CACEIS solicitou apenas a autorização para prestar serviços de custódia. Com isso, fica claro que a instituição não pretende liberar negociações de compra e venda de criptomoedas.

Grande banco da França entrando no mercado de criptomoedas pode revelar tendencia de institucionalização na Europa

A CVM da França pede que todas as empresas que desejem se envolver com o mercado de criptomoedas no país que peçam autorização antes. Em maio de 2022, por exemplo, a Binance solicitou liberação para custódia, negociações, operação de plataforma cripto, e compra e venda.

Mas a chegada de um grande banco no mercado revela uma tendência de institucionalização, enquanto a Europa se prepara para a chegada MiCA, a lei das criptomoedas da Zona do Euro, que entra em vigor em 2025.

No final de 2022, vale o destaque, o CACEIS tinha 4,1 trilhões de euros sob custódia de seus clientes, mostrando que a corporação é uma das maiores do país. O Santander tem 30,5% do grupo, enquanto o Credit Agricole detém os outros 69,5%.

Enquanto corretoras de criptomoedas sofrem com pressão, bancos podem enfrentar barreiras também

A entrada de bancos no mercado pode ter um impacto significativo na adoção das criptomoedas. É possível que essa estratégia seja uma resposta à crescente demanda por criptomoedas por parte dos clientes bancários, que desejam investir em ativos digitais.

Contudo, o Comitê da Basileia divulgou um estudo no início de junho de 2023, apontando os riscos de bancos que se envolvem com o mercado de criptomoedas. O alerta chega após a falência de algumas instituições nos Estados Unidos, que prestavam serviços a empresas de criptomoedas, como corretoras, por exemplo.

Ou seja, a chegada dos bancos, que já estão próximos dos reguladores e possuem mais facilidades de conseguir novas aprovações, não deverá ser um pouso suave. Isso porque, além de concorrer com as corretoras de criptomoedas, eles ainda precisarão comprovar que conduzem com segurança suas atividades.

No Brasil, o banco central que regulamenta o mercado de criptomoedas e dos bancos, situação que deve favorecer a entrada dos institucionais. Mas outras jurisdições ainda não possuem regras concretas sobre o mercado, e reguladores internacionais não confiam que as criptomoedas são realmente sérias.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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