Serguei Popov, cofundador da IOTA fala sobre o projeto

"IOTA quer dominar o mundo"

(English Version) Em entrevista exclusiva ao canal Criptologia e ao portal Livecoins, Serguei Popov professor da UNICAMP e cofundador da criptomoeda IOTA, falou sobre o projeto.

Serguei Popov é PhD em matemática pela universidade de Moscow e junto com Sergey Ivancheglo, David Sønstebø e Dominik Schiener deu vida a uma das mais importantes criptomoedas da indústria.

Na entrevista, Popov que é responsável pelo desenvolvimento teórico/conceitual da IOTA disse que conheceu Bitcoin e criptomoedas há 5 anos e então ficou interessado no assunto, ao pesquisar sobre altcoins no fórum Bitcointalk, conheceu um projeto chamado NxT que parecia muito promissor.

Popov realizou cálculos sobre a blockchain da NxT e compartilhou um documento no fórum. As pessoas gostaram e o artigo trouxe prestigio na comunidade de criptomoedas para o professor que foi convidado para fazer parte de um projeto chamado Amaranth, posteriormente renomeado para IOTA.

De acordo com Popov, o projeto inicial da IOTA precisava de melhorias para garantir segurança, então ele convenceu os desenvolvedores a alterar o código. 4 meses depois chegaram em um design que é o conhecido hoje e respeitado pela comunidade Global.

Sobre o futuro, em tom de brincadeira Popov fala que a “IOTA quer dominar o mundo”, o projeto foi criado para micro transações e tem foco em Internet das Coisas. Ele ressalta que “taxa de transação não combina com micro transações”. Para resolver o problema das taxas é necessário eliminar o processo de mineração e logo, os mineradores.

A solução encontrada foi criar um sistema colaborativo. Não existem taxas de transações na IOTA, para processar transações os usuários devem colaborar com a rede. Dessa forma, em um sistema onde existem centenas de milhões de dispositivos conectados, todos eles devem fazem parte ativamente, colaborando com o sistema.

Como IOTA funciona
Como a rede IOTA funciona. Imagem: IOTA

“Vamos matar o Coordinator”

IOTA ainda é uma criptomoeda centralizada, assim como o Bitcoin já foi um dia. A IOTA Foundation possui um nó central chamado de “Coordinator”. Seu principal objetivo é proteger a rede até que ela se torne forte o suficiente para sustentar um ataque em grande escala.

Perguntado sobre isso, Popov disse que existe um projeto que pretende eliminar o Coordinator apelidado de “Coordicide” e em breve será publicado pela fundação. Este projeto levaria a descentralização do projeto e o fim do Coordinator.

Escalabilidade da IOTA

Teoricamente quanto mais usuários na rede IOTA mais transações por segundo ela pode executar. Popov lembra que a preocupação de várias criptomoedas em resolver problemas de escalabilidade se parece com “a corrida por mega pixels das câmeras digitais“.

Antes de trabalhar na escalabilidade, a IOTA vai resolver o “problema” do Coordinator.

IOTA e resistência a computação quântica

IOTA foi uma das primeiras criptomoedas a se preocupar com a computação quântica – uma das principais ameaças as criptomoedas – perguntado sobre de onde veio a iniciativa, Popov disse que a ameaça quântica é real e pode chegar a qualquer momento.

Popov lembra que todo sistema de criptografia de chave publica não é resistente a computação quântica, devido a isso a IOTA se preocupou em desenvolver o projeto com resistência desde o início.

Isso se deve principalmente ao fato de que a IOTA usa um esquema de assinatura baseado na hash de Winternitz, que é considerado (razoavelmente) resistente a computação quântica.

Veja abaixo a entrevista completa:

https://youtu.be/bfrPwtvkswM

 

 

 

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Mateus Nunes
Mateus Nuneshttps://livecoins.com.br
Fundador do Livecoins. Formado em Ciência da Computação e profissional de segurança da informação há mais de 10 anos. Escreve sobre Bitcoin desde 2012. Tradutor do site Bitcoin.org

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