Shai Gilgeous-Alexander, estrela da NBA em ascensão pelo time do Oklahoma City Thunder, está enfrentando um pesadelo após comprar a mansão de um ex-golpista de criptomoedas, tendo recebido visitas indesejadas e até ameaças de incêndio.
A compra de uma mansão de luxo no Lago Ontário, por aproximadamente US$ 6,1 milhões, deveria ser um marco de sucesso e felicidade em sua carreira. No entanto, a aquisição se transformou em terror, entrelaçando o jogador com o sombrio legado do antigo proprietário da casa, Aiden Pleterski, autodenominado “Rei das criptomoedas” do Canadá.
O tal ‘rei das criptomoedas’, que arrendou a propriedade por cerca de US$ 45 mil por mês, tornou-se infame por seu envolvimento em operações controversas de criptomoedas.
Com a queda de sua empresa de investimentos no ano passado, investidores enfurecidos, que haviam confiado a ele mais de US$ 40 milhões, começaram a cercar a mansão em busca de respostas e do dinheiro que lhes era devido.
Ele chegou a ser sequestrado e espancado por investidores enfurecidos, o que o fez gravar um vídeo pedindo desculpas às vítimas de seu esquema.
Estrela da NBA enfrenta terror após comprar mansão do ‘rei das criptomoedas’
Para a estrela da NBA, que liderou a seleção masculina canadense à sua primeira vaga olímpica desde 2000 e terminou em quinto na votação de melhor jogador (MVP) da NBA na última temporada, a realidade da mansão logo se revelou.
Dias após a mudança, ele e sua namorada enfrentaram uma visita ameaçadora de um estranho em busca do rei das criptomoedas. O incidente desencadeou uma série de descobertas perturbadoras sobre a história da propriedade e as ameaças associadas a ela, incluindo uma ameaça de incêndio.
“Tínhamos pessoas aleatórias aparecendo na casa todos os dias”, disse o advogado do caso, acrescentando que a namorada do jogador se recusou a ficar lá. “Foi uma situação muito ruim.”
A gravidade da situação ficou clara quando a namorada de Gilgeous-Alexander, ao contatar a polícia, foi informada sobre as numerosas ameaças anteriores à casa. O casal, temendo por sua segurança, decidiu se mudar da casa dos sonhos.
“Cada visita envolve um indivíduo diferente perguntando sobre Aiden”, diz o advogado do jogador.
De acordo com a CBC, os advogados do jogador entraram com uma ação judicial para anular a compra da mansão, alegando que os vendedores deturparam fraudulentamente a casa ao não divulgar a série de visitas ameaçadoras à propriedade.
A ação judicial expõe o conflito entre as narrativas dos envolvidos. Por um lado, há as alegações de Gilgeous-Alexander sobre a omissão de informações cruciais pelos vendedores, o que, segundo ele, teria impedido qualquer comprador de adquirir a propriedade.
Por outro lado, os vendedores negam qualquer falsidade em suas declarações. Eles argumentam que apenas quatro visitas inesperadas ocorreram após a partida de Pleterski, nenhuma delas ameaçadora ou perturbadora da paz.
“Qualquer visita à propriedade por parte de um indivíduo que perguntasse sobre o seu antigo ocupante seria vista como uma ocorrência inteiramente normal”, diz a declaração de defesa.
O caso ganha complexidade ao considerar o histórico de Pleterski. Documentos judiciais indicam que ele investiu apenas cerca de 2% dos fundos dos investidores, gastando quase US$ 16 milhões em luxos pessoais como jatos particulares, férias extravagantes, carros de luxo e o aluguel da mansão em questão.
O processo de falência revelou ainda que Pleterski foi sequestrado em dezembro de 2022, um episódio que culminou na prisão de cinco homens, incluindo um investidor que havia perdido US$ 740 mil.
Enquanto o processo legal se desenrola, a comunidade local e os fãs de basquete esperam uma resolução justa para Gilgeous-Alexander, e o resultado do caso poderá estabelecer um precedente importante para futuras transações imobiliárias, especialmente aquelas que envolvem propriedades de alto valor com históricos complexos.
